Imprensa trata três terroristas eliminados como “palestinos”
Jornalões não usam a palavra "terroristas" para caracterizar os mortos na ação em hospital na Cisjordânia
Em mais um episódio em que parte da imprensa caracteriza Israel como um Estado que usa suas forças armadas para matar civis, os terroristas eliminados numa ação de alta complexidade e precisão num hospital da Cisjordânia foram identificados genericamente como “palestinos” (mais detalhes sobre a ação aqui).
Na matéria da Folha de S. Paulo publicada nesta terça-feira, 30, com última atualização às 11h31, a manchete diz “Militares de Israel se disfarçam de médicos, invadem hospital e matam 3 palestinos”. No texto, nenhum dos três mortos na ação é tratado como terrorista. Um deles é reconhecido como membro do Hamas e os outros dois como possíveis membros da Jihad Islâmica, outra organização terrorista.
As alegações, inadvertidamente ou não, ecoam as descabidas acusações da África do Sul em Haia sobre “genocídio” de palestinos no atual conflito, numa inversão inaceitável da verdade que tenta macular a imagem de um estado soberano e democrático criado após o Holocausto exatamente para proteger o povo judeu de ataques como os que ocorreram no Massacre de 7 de outubro.
Não é a primeira vez
Não é a primeira vez que jornalões mostram viés anti-Israel na cobertura. Em artigo publicado em 23 de outubro de 2023, o diretor de jornalismo de O Antagonista, Felipe Moura Brasil, já alertava sobre o problema, comentado sobre “o maior vexame da cobertura”, envolvendo a alegada explosão do Hospital Árabe Al-Ahli, na Faixa de Gaza:
“O Antagonista — sob minha direção de jornalismo — não precisou recuar, porque foi e vai continuar sendo prudente e fiel aos fatos na cobertura nacional e internacional, sem adaptar a realidade a teses pré-concebidas, muito menos confiar exclusivamente em terroristas como fonte de informação, que dirá disfarçando a origem dela em atribuições genéricas e falseadas, como “dizem palestinos” ou “informa o Ministério da Saúde do governo em Gaza”.
Não foi por falta de aviso que a imprensa brasileira também se apressou em destacar a explosão no estacionamento do hospital, em 17 de outubro, como um bombardeio israelense que deixou centenas de mortos.
No dia 8, eu, Felipe, turbinei o apelo a que se parasse de “confundir” terroristas e palestinos inocentes. No dia 13, mostrei que o Hamas explora nomenclaturas de governo e uma rede afiliada ao grupo para tentar impedir a evacuação de civis, usados como escudos humanos. Naquela mesma noite, dei a um corte do nosso programa audiovisual, Papo Antagonista, o título: “Viés pró-Hamas marca a pior cobertura da imprensa”. E ela não se emendou.”
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