Human Rights Watch finalmente reconhece centenas de crimes de guerra do Hamas Human Rights Watch finalmente reconhece centenas de crimes de guerra do Hamas
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Human Rights Watch finalmente reconhece centenas de crimes de guerra do Hamas

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Alexandre Borges
4 minutos de leitura 17.07.2024 08:09 comentários
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Human Rights Watch finalmente reconhece centenas de crimes de guerra do Hamas

Organização detalha atrocidades cometidas durante o ataque de 7 de outubro em novo relatório

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Human Rights Watch finalmente reconhece centenas de crimes de guerra do Hamas
Imagem: IA por Alexandre Borges

A Human Rights Watch (HRW) divulgou um longo relatório nesta quarta-feira, 17, detalhando centenas de crimes de guerra cometidos por grupos palestinos armados liderados pelo Hamas durante o ataque coordenado a Israel em 7 de outubro.

O ataque, que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e no sequestro de 251, desencadeou a guerra em Gaza. A HRW, que frequentemente critica as políticas de Israel em relação aos palestinos, revelou que o Hamas e outros grupos, como a Jihad Islâmica Palestina, foram responsáveis por ataques deliberados e indiscriminados contra civis, assassinatos de pessoas sob custódia, violência sexual e uso de escudos humanos.

Segundo a diretora de crises e conflitos da HRW, Ida Sawyer, a investigação descobriu que o ataque liderado pelo Hamas foi planejado para matar civis e fazer o maior número possível de reféns. Entre outubro de 2023 e junho de 2024, a HRW entrevistou 144 pessoas, incluindo testemunhas do ataque, familiares das vítimas, socorristas e especialistas médicos. Os pesquisadores também verificaram e analisaram mais de 280 fotografias e vídeos gravados durante o ataque.

Na manhã de 7 de outubro, grupos armados palestinos realizaram vários ataques coordenados contra bases militares israelenses, comunidades residenciais civis e eventos sociais na região sul de Israel. Em muitos locais, os combatentes dispararam diretamente contra civis, lançaram granadas, atiraram em abrigos e incendiaram casas. Eles fizeram dezenas de reféns e sumariamente mataram outros.

Os principais crimes de guerra cometidos pelo Hamas e outros grupos armados palestinos incluem ataques deliberados e indiscriminados contra civis israelenses, assassinatos em massa, sequestro e tomada de reféns civis, tortura e tratamento cruel de prisioneiros, violência sexual e estupro contra mulheres, mutilação de corpos, uso de civis como escudos humanos, ataques indiscriminados com foguetes contra áreas civis em Israel, destruição e pilhagem de propriedades civis, uso de crianças em atividades militares, ataques contra navios civis e incitação ao genocídio contra israelenses e judeus.

A agência de notícias francesa AFP cruzou várias fontes de dados para determinar que 815 das 1.195 pessoas mortas em 7 de outubro eram civis. Os grupos armados tomaram como reféns 251 civis e membros das forças de segurança israelenses e os levaram para Gaza. Até 1º de julho, 116 permaneciam em Gaza, incluindo os corpos de pelo menos 42 mortos.

Os grupos armados palestinos cometeram várias violações de leis que constituem crimes de guerra. A HRW concluiu que o assassinato planejado de civis e a tomada de reféns foram crimes contra a humanidade.

O Hamas é igual ao ISIS?

A comparação entre o Hamas e o ISIS (Estado Islâmico) revela diferenças e semelhanças.

Em termos de apoio do Ocidente, o Hamas busca a simpatia da opinião pública ocidental, enquanto o ISIS adota uma postura de antagonismo explícito. Quanto às alianças internacionais, o Hamas tem aliados como Catar, Turquia e a Irmandade Muçulmana, enquanto o ISIS não possui aliados significativos e é considerado inimigo por praticamente todos os países.

A composição dos membros também difere: todos os membros do Hamas são palestinos, enquanto o ISIS recruta membros de diversas partes do mundo. Os alvos de ataques do Hamas são quase exclusivamente judeus israelenses, enquanto o ISIS ataca uma gama mais ampla de grupos, incluindo xiitas, cristãos e outros.

As semelhanças incluem o nacionalismo exacerbado, onde o Hamas busca a criação de um Estado Palestino em todo o território de Israel e o ISIS pretende estabelecer um califado global. Ambos utilizam a violência para atingir seus objetivos. No entanto, é importante notar que, apesar dessas comparações, o Hamas tem um foco mais regional e político, enquanto o ISIS tem uma agenda global e religiosa extremista.

O Hamas é nazista?

Embora sejam movimentos e ideologias distintos, o Hamas, o Pan-arabismo, a Irmandade Muçulmana e o Nazismo apresentam algumas semelhanças em certos aspectos.

Todos possuem um nacionalismo exacerbado, defendem ideologias supremacistas, e têm posições antissemitas. Eles também rejeitam valores ocidentais e utilizam a violência para atingir seus objetivos.

O Hamas e o Pan-arabismo almejam aspirações expansionistas, enquanto a Irmandade Muçulmana e o Nazismo possuem características autoritárias e cultos ao líder. O Hamas e a Irmandade Muçulmana são movimentos islâmicos, o Pan-arabismo era secular, e o Nazismo era uma ideologia racista.

J.D. Vance: “Bater forte no Irã” (oantagonista.com.br)

“Tiros mostram qual é a alternativa à democracia constitucional” (oantagonista.com.br)

https://oantagonista.com.br/mundo/ex-rivais-apoiam-trump-e-pedem-uniao/

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