Hong Kong: Ativistas condenados a até 10 anos sob lei chinesa
As medidas ampliam as preocupações sobre o futuro das liberdades em Hong Kong
As autoridades de Hong Kong condenaram 45 ativistas pró-democracia a penas de até 10 anos de prisão nesta terça-feira, 19, sob a lei de segurança nacional imposta pela China.
Eles foram acusados de conspirar para vetar orçamentos governamentais de forma sistemática, na tentativa de forçar a dissolução do legislativo e destituir o líder da cidade.
Entre os 47 réus, 31 admitiram culpa por conspiração para cometer subversão, enquanto 14 foram condenados após julgamento. Apenas dois foram absolvidos. A decisão gerou críticas internacionais, especialmente de países ocidentais.
A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, demonstrou “grave preocupação” com a sentença do cidadão australiano Gordon Ng. No Reino Unido, Catherine West, responsável pela região Indo-Pacífico no Ministério das Relações Exteriores, condenou as prisões como um ataque às liberdades fundamentais: “Eles estavam exercendo seu direito à liberdade de expressão e participação política”, afirmou.
O consulado dos EUA em Hong Kong também se posicionou contra as sentenças, pedindo o fim de “processos politicamente motivados” e a libertação dos prisioneiros.
Essas condenações ocorrem em meio a uma repressão crescente na cidade, que recentemente prendeu jornalistas por atividades “sediciosas”. Especialistas apontam que a lei de segurança nacional, em vigor desde 2021, é usada para eliminar vozes críticas ao governo de Pequim.
As medidas ampliam as preocupações sobre o futuro das liberdades em Hong Kong, um dos principais pontos de tensão entre o Ocidente e a China desde que a cidade foi devolvida pelo Reino Unido ao controle chinês em 1997.
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