Homenagens a Navalny são removidas em Moscou
Mais de 400 pessoas foram detidas em cidades de toda a Rússia por prestar homenagem ao maior opositor de Vladimir Putin
As flores usadas para homenagear o opositor Alexei Navalny foram removidas por grupos de pessoas não identificadas em Moscou. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a ação de homens encapuzados durante a noite de sábado, 17.
Segundo a ONG OVD-Info, grupo que monitoriza a repressão política na Rússia, mais de 400 pessoas foram detidas em cidades de todo o país por prestar homenagem ao maior opositor de Vladimir Putin, que morreu em uma colônia penal na Sibéria.
Em Moscou, um dos pontos escolhidos foi a Pedra de Solovetsky, que fica na praça Lubyanka. O monumento, na frente do prédio da agência de inteligência FSB (antiga KGB) foi construído para lembrar das vítimas da repressão política.
No sábado, a polícia bloqueou o acesso a um memorial na cidade de Novosibirsk, o maior centro urbano da Sibéria, e prendeu várias pessoas no local, segundo a OVD-Info.
Entre os detidos está Grigory Mikhnov-Voitenko, um sacerdote da Igreja Ortodoxa Apostólica, um grupo religioso independente da Igreja Ortodoxa Russa. Ele anunciou nas redes sociais que planejava realizar uma cerimônia em memória de Navalny.
Mikhnov-Voitenko foi detido na manhã de sábado em frente de casa. Ele foi acusado de organizar uma manifestação e levado a uma cela de detenção da polícia. Mais tarde ele foi hospitalizado com um AVC.
O exemplo de Navalny
Navalny era o mais conhecido opositor de Putin e era muito popular. Sua fundação contra a corrupção, a FBK, chegou a ter escritórios em quarenta cidades da Rússia. Navalny também foi central em convocar protestos contra o governo.
Após a morte do opositor, diversos líderes do Ocidente responsabilizaram o autocrata Vladimir Putin pela morte.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou: “Não se engane: Putin é o responsável pela morte de Navalny“.Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que “é óbvio” que Navalny “foi morto por Putin”.
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