Herzog: Chefes do Hezbollah planejavam ataque como o de 7 de outubro
Presidente de Israel diz que reunião entre comandantes do grupo terrorista em Beirute foi convocada para planejar ataque
O presidente de Israel, Isaac Herzog (foto), afirmou neste domingo, 22, que a reunião realizada na semana passada em Beirute entre alguns dos principais comandantes do Hezbollah foi convocada com o objetivo de planejar um ataque semelhante ao do Hamas em 7 de outubro.
As declarações foram feitas um dia depois de as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmarem terem eliminado alguns dos principais comandantes da força de elite do Hezbollah no ataque de sexta-feira em Beirute, capital do Líbano.
O Hezbollah reconheceu que o ataque aéreo matou dois de seus comandantes mais graduados e outros 14 membros do grupo que estavam reunidos no subsolo de um prédio residencial.
Em entrevista à emissora Sky News, do Reino Unido, Herzog mostrou uma imagem compartilhada pelas FDI com alguns dos líderes do Hezbollah mortos no ataque.
“Todos esses líderes estavam se reunindo para lançar o mesmo ataque horrível que tivemos em 7 de outubro pelo Hamas, queimando israelenses, massacrando-os, estuprando suas mulheres, fazendo bebês e idosos reféns”, disse Herzog.
Ele afirmou ainda que o Hezbollah vinha planejando um ataque semelhante há anos sob “o império do mal do Irã”.
Segundo o Al-Monitor, a reunião de sexta havia sido convocada para planejar uma grande invasão da região norte da Galileia, que seria lançada após os ataques sem precedentes da semana passada, quando milhares de pagers e walkie-talkies usados por membros do Hezbollah explodiram, matando 37 pessoas. O ataque é atribuído a Israel, que não confirmou seu envolvimento.
O porta-voz das FDI, o contra-almirante Daniel Hagari, afirmou na sexta-feira que os participantes da reunião de Beirute “se reuniram para coordenar atividades terroristas contra civis israelenses” com um “ataque ao território do norte do Estado de Israel — o que eles chamaram de ‘O plano para conquistar a Galileia’”.
Comandantes do Hezbollah mortos
Entre os mortos no ataque de sexta está Ibrahim Aqil, chefe de operações especiais do grupo xiita e membro do Conselho da Jihad, o principal órgão militar da organização. Aqil era considerado o segundo homem no comando da organização.
No momento do ataque de sexta-feira, ele estava reunido com os comandantes seniores das Forças Radwan no subsolo de um prédio residencial em Beirute.
Ahmed Wahbi, identificado pelo Hezbollah e pelas FDI como o chefe da unidade de treinamento do grupo terrorista e ex-comandante das Forças Radwan, também está entre os mortos no ataque.
Segundo os militares israelenses, Wahbi estava envolvido no planejamento de uma invasão do grupo terrorista na Galileia e também fazia parte do “avanço do entrincheiramento do Hezbollah no sul do Líbano, enquanto tentava aprimorar as capacidades de combate terrestre da organização”.
Outros comandantes importantes das Forças Radwan mortos no ataque foram identificados pelas FDI como: Hassan Hussein, comandante das forças especiais na divisão regional de Aziz; Samer Halawi, comandante da região costeira; Abbas Muslimani, comandante da região de Qana; Abdullah Hijazi, comandante da região de Ramim Ridge; Muhammad Reda, comandante da região de Khiam; Hassan Madi, comandante da região de Mount Dov; Hassan Abd al-Satar, chefe de operações; Hussein Hadraj, chefe de gabinete; Mohammad al-Attar, comandante do departamento de treinamento; e Mahmoud Hamad, um oficial sênior de operações.
“Esses comandantes vinham liderando e planejando o ataque das Forças Radwan e o plano de infiltração em território israelense por anos, para serem executados quando recebessem a ordem”, afirmaram as FDI em comunicado.
“Aqil e os comandantes eliminados no ataque foram responsáveis por planejar, avançar e executar centenas de operações terroristas contra Israel, incluindo o planejamento do esquema assassino do Hezbollah para atacar as comunidades da Galileia.”
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