“Hamas mata seis reféns, culpam Israel”
Editorial do Wall Street Journal acusa governos ocidentais de pressionarem Israel após a execução de reféns pelo Hamas
O editorial do Wall Street Journal, publicado nesta segunda, 2, descreve como o Hamas executou seis reféns israelenses, incluindo um cidadão americano, e critica a pressão internacional sobre Israel para que faça concessões.
Intitulado “Hamas Murders Six Hostages, Israel Is Blamed” (“Hamas Assassina Seis Reféns, Israel é Culpada”), o texto argumenta que, apesar de o crime ser inteiramente do Hamas, “a reação da Casa Branca, do governo britânico, da imprensa ocidental e de alguns setores em Israel é culpar o governo israelense”.
Segundo o Wall Street Journal, Israel recuperou os corpos dos seis reféns um ou dois dias após suas execuções em um túnel em Gaza. O cidadão americano morto foi identificado como Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos, e os outros reféns eram Eden Yerushalmi, Ori Danino, Alex Lobanov, Carmel Gat e Almog Sarusi. A publicação destaca a coragem dos pais de Hersh, Jon Polin e Rachel Goldberg, que estavam dispostos a fazer qualquer coisa para salvar seu filho.
O artigo denuncia que, enquanto o Hamas se recusa a liberar os reféns, “a pressão dos Estados Unidos deveria ser sobre o Hamas”, e não sobre Israel. A crítica se estende ao governo britânico, que escolheu anunciar a suspensão de licenças de exportação de armas para Israel no mesmo dia em que os reféns foram encontrados. Para o Wall Street Journal, a ação britânica parece estar mais preocupada com a política interna, especialmente com a possível formação de um grupo pró-Gaza dentro do Partido Trabalhista.
Além disso, o editorial critica o governo Biden por se opor à entrada de Israel em Rafah, na Faixa de Gaza, onde os corpos dos reféns foram encontrados. A publicação argumenta que Israel evacuou um milhão de civis em duas semanas e desmantelou a brigada de Rafah do Hamas, minimizando baixas civis.
O editorial conclui com uma crítica direta à postura do governo americano, destacando a contradição entre a promessa de Joe Biden de que “os líderes do Hamas pagarão por esses crimes” e sua insistência em um cessar-fogo.
Para o Wall Street Journal, a execução dos reféns foi uma tática do Hamas para aumentar a pressão sobre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que, mesmo aceitando várias propostas dos Estados Unidos, enfrenta uma demanda interna crescente por uma solução militar em vez de negociações.
O Wall Street Journal é um dos jornais mais influentes dos Estados Unidos, conhecido por sua cobertura de negócios, economia e política internacional. Com diversas premiações, incluindo vários Prêmios Pulitzer, o WSJ é amplamente respeitado por sua análise aprofundada e por seu papel de destaque no jornalismo global.
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