Hamas deve aceitar acordo ou “arcar com as consequências”, diz Gallant
Ministro da Defesa de Israel está em Washington, nos EUA, onde se reuniu com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou nesta quarta-feira, 26, que o Hamas deve aceitar o acordo de trégua e libertação de reféns proposto pelo governo dos EUA, e endossado pela ONU, ou “arcar com as consequências”.
“Apoiamos firmemente o acordo do presidente, que Israel aceitou, e agora o Hamas deve aceitar – ou arcar com as consequências”, disse Gallant após encontro com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, na Casa Branca.
Gallant reafirmou que o governo israelense está “comprometido em trazer os reféns para casa, sem exceção”.
“Mas que fique claro que a nossa guerra não é com o povo de Gaza. A nossa guerra não é com o povo do Líbano. A nossa guerra é contra o Hamas, o Hezbollah e o seu patrocinador – o regime iraniano”, acrescentou.
Ajuda humanitária
O ministro israelense também disse estar particularmente comprometido em facilitar a entrega de ajuda humanitária a Gaza.
“Nós estamos comprometidos, e eu estou particularmente comprometido, em facilitar a entrega de ajuda humanitária essencial a Gaza”, afirmou Gallant.
“Nós lutamos apenas contra aqueles que procuram nos prejudicar”, continuou.
“Discutimos nossos desentendimentos internamente”
Em meio à troca de farpas entre os governos de Benjamin Netanyahu e Joe Biden sobre o fornecimento americano de armas e munições, Gallant criticou a exposição das divergências entre os Jerusalém e Washington, saudando o apoio “aberto e encoberto” do governo americano a Israel durante a resposta aos terroristas do Hamas.
“Em todas as famílias – e consideramos o povo americano a nossa família – podem surgir divergências. No entanto, como todas as famílias, discutimos os nossos desentendimentos internamente e permanecemos unidos”, afirmou o ministro da Defesa israelense.
Qual foi a troca de farpas entre EUA e Israel?
Na terça, 18, Netanyahu publicou um vídeo, dizendo ser “inconcebível que, nos últimos meses, o governo [Biden] tenha retido armas e munições”. “Deem-nos as ferramentas e terminaremos o trabalho, muito mais rápido”, cobrou e garantiu o primeiro-ministro israelense.
No mesmo dia, Blinken declarou que apenas “uma remessa” de bombas pesadas estava “sob revisão”, em razão de “preocupações com seu uso em uma área densamente povoada como Rafah”; mas que “todo o resto está se movendo” normalmente.
Na quinta, 20, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, foi mais incisivo contra Netanyahu.
“Não sabíamos que aquele vídeo estava chegando. Foi no mínimo desconcertante. Não há qualquer outro país que tenha feito mais ou continuará a fazer mais do que os Estados Unidos para ajudar Israel a se defender. Esses comentários foram profundamente decepcionantes e irritantes para nós.”
Kirby disse não ter “nem ideia” da motivação.
“Você teria que conversar com o primeiro-ministro sobre o que o levou a fazer isso. Mais uma vez: foi irritante e decepcionante para nós, tanto quanto incorreto. Então, é difícil saber exatamente o que ele estava pensando ali.”
No mesmo dia, Netanyahu reagiu no X:
“Estou disposto a absorver ataques pessoais se isso for necessário para Israel obter as armas e munições de que necessita na guerra pela sua sobrevivência.”
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