Hamas agradece a Lula por comparação entre Gaza e o Holocausto
O grupo terrorista divulgou um comunicado neste domingo no Telegram agradecendo a declaração do petista
O grupo terrorista Hamas agradeceu ao presidente Lula por sua declaração comparando as operações militares de Israel na Faixa de Gaza ao Holocauto.
Em comunicado divulgado no Telegram, os terroristas afirmaram:
“Nós, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) agradecemos a declaração do presidente brasileiro Lula da Silva, que descreveu aquilo a que nosso povo palestino está exposto na Faixa de Gaza como um Holocausto. A ação dos sionistas hoje em Gaza é a mesma que Hitler fez contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial.”
Na nota, o Hamas classificou a declaração de Lula como “precisa” e disse que a fala “revela a enormidade do crime sionista cometido com cobertura e apoio aberto pela administração americana liderada pelo presidente Biden”.
Lula e seu entorno costumam relativizar os ataques do Hamas e nunca classificaram o grupo como terrorista. A recíproca é verdadeira. Em outubro de 2022, o Hamas parabenizou o “lutador pela liberdade” Lula por sua vitória na eleição presidencial.
As declarações deste domingo, como mostramos, foram feitas durante entrevista de Lula a jornalistas no hotel em que está hospedado em Adis Abeba, capital da Etiópia.
O presidente voltou a atacar Israel e comparou as operações militares na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler.
“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou como “vergonhosas” e “graves” as falas do petista. Para o premiê, as declarações “banalizam” o Holocausto e tentam “prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) divulgou mais cedo uma nota em repúdio às declarações de Lula e classificou a fala do petista como uma “distorção perversa” da realidade. Afirmou ainda que as falas ofendem a “memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.
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