Greve na França: milhares de voos são cancelados por paralisação
Além dos voos cancelados, cerca de mil que deveriam atravessar o espaço aéreo francês tiveram suas rotas alteradas
O transporte aéreo na França foi fortemente afetado devido a uma greve parcial realizada pelos controladores de voo do país, nesta quinta-feira, 25. A paralisação resultou no cancelamento de inúmeros voos de curta e média distância, causando transtornos para os passageiros, especialmente durante o período de férias escolares.
De acordo com a Direção Geral da Aviação Civil (DGAC), consultada pela AFP, aproximadamente 2.600 voos de chegada e partida estavam programados para este dia, metade do número registrado no dia anterior.
Além disso, cerca de mil voos que deveriam atravessar o espaço aéreo francês tiveram suas rotas alteradas, conforme informações fornecidas pela Airlines for Europe, a principal associação de companhias aéreas da Europa.
Ações para contornar a situação
Para lidar com a situação e ajustar o tráfego ao efetivo disponível, as autoridades da aviação civil solicitaram às empresas que cancelassem três em cada voos saindo ou chegando em Paris Orly, 55% dos voos no Charles de Gaulle, 65% em Marselha e 45% em todas as outras plataformas da França metropolitana. Vale ressaltar que os voos intercontinentais não foram afetados pela greve, pois os cortes solicitados pela DGAC se aplicaram apenas aos aviões de curto e médio alcance.
Os cancelamentos atingiram uma magnitude sem precedentes nos últimos 20 anos, segundo Augustin de Romanet, chefe dos aeroportos de Paris. A DGAC determinou as suspensões com base no número de grevistas declarados.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) acusou os controladores de tráfego aéreo franceses de chantagem, alegando que suas exigências são exorbitantes. A greve dos controladores de voo tem gerado impacto significativo no setor da aviação e causado transtornos para milhares de passageiros na França.
Sindicato ameaça greve durante as Olimpíadas
Os trabalhadores do setor público na França estão pressionando por melhores condições de trabalho e um aumento salarial antes do início dos Jogos Olímpicos de Paris. O sindicato CGT, um dos principais do país, ameaçou entrar em greve caso suas demandas não sejam atendidas.
No ano passado, o setor já havia pressionado o governo fazendo as mesmas exigências e ameaçou uma paralisação durante os jogos caso não houvesse compromissos desde o início de 2024. Os sindicatos aumentaram a pressão à medida que o governo iniciou negociações com os trabalhadores do setor público, incluindo polícia, transporte e saúde, para garantir pessoal suficiente durante os Jogos.
À Reuters, Sophie Binet, diretora do CGT, expressou sua preocupação com a falta de ação por parte do governo em relação às reivindicações dos trabalhadores. Ela afirmou que o sindicato apresentará um aviso de greve no próximo mês, caso não haja avanço nas negociações.
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