Governo Meloni cobra de Maduro libertação de presos políticos
Em comunicado, a gestão da premiê da Itália diz que “continua a acompanhar com forte preocupação” a situação na Venezuela
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O governo italiano, comandado pela primeira-ministra Giorgia Meloni (foto), voltou a cobrar neste sábado, 10 de agosto, que as autoridades da Venezuela “respeitem os direitos de todos os cidadãos” e libertem “todos os opositores políticos”.
Em comunicado, a gestão da premiê também condenou “firmemente qualquer ameaça ou privação das liberdades civis” e afirmou que “continua a acompanhar com forte preocupação” a situação na Venezuela.
Na sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, pediu à Venezuela a libertação dos presos políticos e garantiu que as autoridades italianas estão acompanhando de perto a evolução da situação no país após a farsa eleitoral de Nicolás Maduro.
A oposição venezuelana publicou registros de votação em um site para mostrar que Edmundo González derrotou Maduro com 67% dos votos. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão eleitoral dominado pelo chavismo, no entanto, declarou a “vitória” de Maduro com 51% dos votos e sem divulgar as atas.
A chefe da missão de observação eleitoral do Centro Carter, Jennie Lincoln, também afirmou que Edmundo González venceu o ditador na votação de 28 de julho na Venezuela.
Repressão brutal
A fraude das recentes eleições presidenciais na Venezuela desencadearam uma onda de manifestações cidadãs e de repressão por parte do regime de Maduro.
O defensor e ativista dos direitos humanos Antonio Canova referiu-se à perseguição política na Venezuela que se intensificou no país após as eleições presidenciais de 28 de julho:
“O governo fala em mais de dois mil detidos. O Fórum Penal registrou quase mil pessoas presas, sem contar o número de feridos e até as pessoas que morreram durante estas manifestações.”
Canova mencionou o caso específico de seu aluno Kennedy Tejeda, advogado e membro do Fórum Penal, que foi privado de liberdade nos últimos dias.
“É uma enorme injustiça que isto tenha acontecido com Kennedy e com tantos outros venezuelanos que em todo o país estão sendo perseguidos, processados e condenados por crimes gravíssimos como terrorismo, traição e incitação ao ódio por não reconhecer Maduro e seus poderes”, acrescentou.
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