González denuncia sequestro do genro por agentes de Maduro
Rafael Tudares foi interceptado por homens encapuzados e colocado em um caminhão dourado antes de desaparecer
O presidente eleito da Venezuela, Edmundo González, denunciou nesta terça-feira, 7, que agentes da ditadura de Nicolás Maduro sequestraram seu genro, Rafael Tudares.
“Esta manhã meu genro Rafael Tudares foi sequestrado.
Rafael estava indo para a escola dos meus netos de 7 e 6 anos, em Caracas, para deixá-los no início das aulas, e homens encapuzados, vestidos de preto, o interceptaram, colocaram-no em um caminhão dourado, placa AA54E2C, e o levou embora.
Neste momento ele está desaparecido”, escreveu o opositor no X.
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Cerco à casa da mãe de María Corina
Essa não é a primeira vez que a ditadura de Maduro tenta intimidar seus principais opositores ameaçando a integridade de seus familiares.
Em 28 de novembro de 2024, viaturas do Serviço Nacional Bolivariano de Inteligência (SEBIN) cercaram a casa de Corina Parisca de Machado, mãe de María Corina Machado.
“Duas viaturas do SEBIN estacionaram duas vezes em frente à porta da casa da mãe de María Corina Machado, com sirenes ligadas e funcionários encapuzados rondando a entrada. Eles permaneceram no local por meia hora de cada vez e depois foram embora”, denunciou o Comando ConVzla na época.
Recompensa por González
Diante da promessa de González de retornar à Venezuela para a posse, a ditadura de Maduro anunciou uma recompensa de 100 mil dólares, cerca de 620 mil reais, aos cidadãos que tiverem informações sobre o opositor.
Nas redes sociais, a polícia venezuelana publicou um cartaz com a foto de González com o escrito: “Procurado”.
Em 2 de setembro, a Procuradoria-Geral da Venezuela expediu mandado de prisão contra Edmundo González. O órgão, controlado pelo chavismo, intimou o diplomata para prestar depoimento, por três vezes, sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho.
Reconhecido pelos EUA e por outros países como presidente eleito, González segue afirmando que irá a Caracas tomar posse.
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