França: Macron se prepara para escolher primeiro ministro
Possíveis novos PMs incluem a esquerdista Lucie Castets, o socialista Bernard Cazeneuve e o conservador Xavier Bertrand
O presidente francês Emmanuel Macron começará a se reunir com líderes políticos na próxima sexta-feira em uma tentativa de nomear um novo primeiro-ministro e dar à França um novo governo. O anúncio vem após semanas durante as quais as Olimpíadas colocaram a política francesa em pausa.
“A nomeação de um primeiro-ministro seguirá essas consultas e suas conclusões”, disse o Palácio do Eliseu em um comunicado em 16 de agosto, anunciando uma série de reuniões entre o presidente francês e os líderes de grupos parlamentares e partidos em 23 de agosto.
“Os franceses expressaram nas eleições parlamentares uma vontade de mudança e de uma ampla manifestação. Em um espírito de responsabilidade, todos os líderes políticos devem trabalhar para implementar essa vontade”, acrescentou o Palácio do Eliseu
Esse tipo de consulta é um exercício incomum na política francesa, pelo menos nos últimos anos, pois o presidente poderia nomear um primeiro-ministro do mesmo campo político, sabendo que o candidato ganharia o apoio do parlamento.
Mas as coisas são diferentes desta vez, pois, após uma eleição antecipada em julho, nenhum dos três principais blocos políticos do país tem maioria absoluta no parlamento.
Possíveis novos primeiros-ministros incluem a esquerdista Lucie Castets, o socialista Bernard Cazeneuve e o conservador Xavier Bertrand.
Castets é a única candidata oficial na disputa. Ela foi designada pela Nova Frente Popular (NFP) de esquerda — que ficou em primeiro lugar na eleição e inclui os socialistas, os verdes, os comunistas e o movimento França Insubmissa.
A representante da Nova Frente Popular participará na próxima sexta-feira no encontro de dirigentes partidários com o Presidente da República. Apesar disso, os líderes da Nova Frente Popular (NFP) sabem que a nomeação de Lucie Castets como primeira-ministra assume a aparência de uma missão impossível.
Mesmo que a esquerda tenha ficado em primeiro lugar nas eleições legislativas, com uma maioria estreita, Emmanuel Macron ainda considera que “ninguém” ganhou as eleições. Que nada o leva a abrir as portas de Matignon ao alto funcionário, porta-estandarte do NFP.
Lentamente, a resignação ganha terreno na esquerda. E muitos já apostam que o futuro primeiro-ministro virá de uma coligação entre a macronismo e a direita, com apoio tácito do RN.
O primeiro-ministro Gabriel Attal permanece no comando interino até que um novo governo tome posse.
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