O Exército de Israel lançou neste domingo, 29, ataques aéreos contra a infraestrutura dos rebeldes houthis no Iêmen, principalmente nas regiões de Hodeida e de Ras Isa.

Esse foi o segundo ataque israelense no Iêmen. Em julho, os militares israelenses bombardearam o porto de Hodeida depois que um drone do grupo pró-Irã atingiu Tel Aviv, matando um homem.

O ataque israelense deste domingo foi mais extenso que o de julho. 

O porta-voz militar da Força Aérea israelense, David Avraham, afirmou que caças, aviões de reabastecimento e aeronaves de reconhecimento atacaram alvos de uso militar dos houthis.

Em publicação nas redes sociais, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que os locais atingidos eram usados para “transferir armas iranianas para a região”. 

Imagens publicadas pela imprensa israelense indicam que instalações de armazenamento de petróleo também foram atingidas. 

“As FDI atacaram usinas de energia e um porto que são usados ​​para importar petróleo. Por meio da infraestrutura e dos portos visados, o regime Houthi transfere armas iranianas para a região e suprimentos para fins militares, incluindo petróleo”, disseram os militares israelenses.

Segundo a Reuters, os ataques causaram queda de energia na maior parte da cidade portuária de Hodeida.

As FDI afirmaram ainda que os bombardeios deste domingo foram realizados em resposta aos recentes ataques de mísseis balísticos dos houthis contra Israel, incluindo três apenas neste mês.

“Os houthis têm operado sob a direção e financiamento do Irã, e em cooperação com milícias iraquianas para atacar o Estado de Israel, minar a estabilidade regional e interromper a liberdade global de navegação”, acrescentou o Exército de Israel.

Israel volta a atacar alvos do Hezbollah

As Forças de Defesa de Israel anunciaram ter atacado dezenas de alvos do Hezbollah no Líbano entre a noite de sábado, 28, e a manhã deste domingo, 29. 

Entre os alvos, segundo as FDI, estavam estruturas para armazenamento de armas e lançadores de mísseis direcionados ao território de Israel. 

Em comunicado divulgado nas redes sociais, os militares israelenses afirmam que a Defesa “continua a operar para degradar e desmantelar as capacidades do Hezbollah”.

Como mostramos, um desses ataques aéreos matou um membro importante do Hezbollah em Beirute, capital do Líbano. Nabil Kaouk era comandante da “unidade de segurança preventiva” do grupo e membro sênior do conselho central.

Caças israelenses realizaram na noite de sábado um ataque no subúrbio de Dahiyeh, em Beirute, conhecido como reduto do Hezbollah, resultando na morte de Kaouk.

Já neste domingo, um navio de mísseis da Marinha israelense interceptou um drone que se aproximava do território a partir da região do Mar Vermelho, fora dos limites de Israel.

Alerta máximo

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), contra-almirante Daniel Hagari, atualizou no sábado, 28, as diretrizes para a segurança dos israelenses após a morte do líder número 1 do Hezbollah, Hassan Nasrallah. 

Há uma preocupação com a possibilidade de retaliação por parte do Hezbollah ou seus aliados após a morte de Nasrallah no ataque aéreo israelense em Beirute, na sexta.

As FDI afirmaram que permaneceriam em “alerta máximo” para uma possível retaliação ou escalada após o ataque.