Ex-vice do Equador preso em embaixada do México pede ajuda a Lula
Glas disse em carta a Lula que está “na pior prisão do país e em greve de fome” e que "só a pressão internacional pode ajudar”
O ex-vice-presidente do Equador preso pela polícia equatoriana na embaixada do México em Quito, Jorge Glas (foto), escreveu uma carta com pedido de ajuda a Lula.
A informação é da CNN Brasil, publicada nesta sexta-feira, 19 de abril.
“Sou Jorge Glas, ex-vice[-presidente] de Rafael [Correa]. Outra vez estou preso, me ajude”, escreveu o equatoriano na carta, que foi entregue a Lula durante a viagem oficial do petista a Bogotá, nesta semana.
Quem entregou a mensagem foi o ex-presidente colombiano Ernesto Samper.
Glas disse que está “na pior prisão do país e em greve de fome” e que “só a pressão internacional pode ajudar”.
A carta do ex-vice-presidente equatoriano também foi endereçada aos presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Andrés Manuel López Obrador.
Lula quer desculpas do Equador
Lula resolveu entrar de novo na disputa entre Equador e México, após o primeiro país invadir a embaixada do segundo, em seu país. O incidente diplomático, registrado há 11 dias, gerou o rompimento das relações do país, e uma ação na Corte Internacional de Justiça em Haia.
Em discurso nesta terça-feira, 16, durante reunião extraordinária da Celac, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, Lula deu razão ao México.
“O que aconteceu em Quito, no último dia 5, é simplesmente inaceitável e não afeta só o México — diz respeitos a todos nós”, disse Lula em sua intervenção. O petista disse que medida dessa natureza nunca havia ocorrido “nem mesmo nos sombrios tempos das ditaduras militares”.
Por isso, concluiu o petista, “um pedido formal de desculpas por parte do Equador é um primeiro passo na direção correta.”
O presidente brasileiro lembrou da Declaração de Caracas sobre Asilo Diplomático, assinada em 1954 e ratificada pelo país três anos depois. Apesar de considerar que a Celac deve trabalhar no restabelecimento das relações entre os dois países, o governo brasileiro irá apoiar a ação mexicana em Haia.
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