Evo Morales cita Lula e critica decisão que o tirou da eleição
O ex-presidente boliviano Evo Morales (foto) voltou a reclamar da decisão do Tribunal Constitucional da Bolívia, instância máxima da Justiça no...
O ex-presidente boliviano Evo Morales (foto) voltou a reclamar da decisão do Tribunal Constitucional da Bolívia, instância máxima da Justiça no país, de proibi-lo de concorrer às eleições presidenciais.
Como mostramos, a Corte anulou a possibilidade de que um presidente ou um vice-presidente permaneça no poder por mais de dois mandatos, seja de forma contínua ou não.
Em publicação neste domingo, 31, no X, o antigo Twitter, Evo Morales usou o caso da eleição de seu amigo Lula para se defender.
“Nunca houve proibição de reeleição descontínua”, escreveu. “A Opinião Consultiva 28 refere-se à reeleição dos presidentes que estão no poder. É por isso que o irmão Lula da Silva foi reeleito presidente do Brasil de forma contínua. Existe jurisprudência. Além disso, a decisão política do TCP trata da liberdade de expressão e não da reeleição”, acrescentou.
Evo Morales afirmou que a decisão do tribunal fortalece seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS): “Eu diria que estes magistrados são os nossos melhores gestores de campanha”.
A determinação representa uma derrota para Evo Morales, que não poderá mais se candidatar em 2025. A decisão do TCP tem como base um parecer consultivo da Corte Interamericana de Direitos Humanos de 2019 e anula uma decisão que a própria corte emitiu em 2017.
Em setembro deste ano, Evo Morales anunciou sua candidatura presidencial.
A Bolívia tem eleições marcadas apenas para outubro de 2025. Apesar de a data estar distante, os partidos no país precisam realizar primárias para decidir os seus candidatos. MAS também era o partido do atual presidente, Luis Arce Catacora, que quer concorrer à reeleição. Em outubro, ele foi expulso da legenda.
Um dos aliados mais próximos de Lula na América Latina, Morales conduziu o congresso do MAS que culminou não apenas na saída de Arce da legenda, mas o seu próprio retorno ao comando do partido, assim como o único candidato da sigla para as eleições presidenciais de 2025.
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