EUA retomam sanções contra Venezuela
Os Estados Unidos retomaram nesta quarta-feira, 17 de abril, as sanções econômicas contra a Venezuela, devido ao descumprimento do acordo que previa uma transição para a democracia
Os Estados Unidos retomaram nesta quarta-feira, 17 de abril, as sanções econômicas contra a Venezuela. O levantamento das sanções havia sido concedido em outubro, por um prazo de seis meses, como parte do Acordo de Barbados, que previa para a Venezuela uma transição para a democracia.
Candidatos da oposição, porém, foram impedidos de concorrer nas próximas “eleições” presidenciais e a repressão contra dissidentes do regime aumentou.
Segundo autoridades americanas, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) ainda permitirá a liquidação de transações pendentes até 31 de maio e Washington poderá emitir “licenças específicas” de liberação a pedido das empresas, que serão avaliadas caso a caso.
Antes do anúncio, o ministro venezuelano do Petróleo, Pedro Tellechea, havia assegurado que a indústria venezuelana não pararia diante da reativação das sanções por parte dos Estados Unidos, revogando a Licença Geral 44, que autoriza transações relacionadas ao setor de petróleo e gás.
Outra licença de operação concedida à Chevron americana, por meio da qual os Estados Unidos têm acesso ao petróleo bruto venezuelano, não está em risco.
‘Não reconhecemos as medidas contra a Venezuela — disse Tellechea. — Recebemos muitos investidores, de quase todas as transnacionais, isso significa que as transnacionais continuarão a vir para a Venezuela”
O assunto foi tema do episódio do podcast Latitude deste sábado, 13 de abril.
EUA condenam desqualificação de Maria Corina Machado
A administração Biden manifestou especial preocupação com os cerceamentos impostos pelas autoridades venezuelanas aos direitos políticos da líder da oposição, María Corina Machado, que está impedida de concorrer nas “eleições” a serem realizadas em julho:
“Maduro e seus representantes não cumpriram integralmente o espírito ou a letra do acordo. Não cumpriram um dos compromissos mais importantes, que era restaurar o direito de todos os candidatos concorrerem. Mantêm a desqualificação da vencedora das primárias da oposição María Corina Machado e, ao manifestarem a vontade de identificar um substituto acordado por outros membros da oposição, impediram a inscrição da Dra. Corina Yoris”, disseram.
“As áreas em que não tiveram sucesso incluem a desqualificação de candidatos e partidos por motivos técnicos e o que vemos como um padrão contínuo de assédio e repressão contra figuras da oposição e da sociedade civil”, acrescentaram.
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