EUA, Japão e Coreia do Sul realizam exercício militar conjunto
Manobra foi feita em resposta ao lançamento por parte da Coreia do Norte de um novo míssil balístico intercontinental
Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul realizaram neste domingo, 3, exercícios militares conjuntos no sul da península coreana, em resposta ao lançamento por parte da Coreia do Norte de um novo míssil balístico intercontinental.
Segundo o Exército sul-coreano, participaram da manobra de hoje um bombardeiro B-1B dos EUA, caças sul-coreanos F-15K e KF-16 e aviões japoneses F-2.
“O exercício demonstra o compromisso da aliança Coreia-EUA em expandir a dissuasão abrangente para responder às ameaças nucleares e de mísseis norte-coreanas”, afirmou em comunicado o Estado-Maior Conjunto (EMC) sul-coreano.
Os B-1B, bombardeiros supersônicos projetados na Guerra Fria para ataques nucleares contra a União Soviética, passaram a ser usados apenas em operações convencionais após o fim da antiga União Soviética, em 1991.
Essa foi a quarta vez neste ano que a aeronave foi enviada à Coreia do Sul e a segunda vez que participou de um exercício aéreo trilateral para combater as ameaças militares de Pyongyang.
Míssil norte-coreano atinge recorde de voo e altitude
Na última quinta-feira, 31, a Coreia do Norte disparou um míssil balístico intercontinental que viajou a uma altura de mais de 7.000 km.
Segundo as autoridades dos Estados Unidos, esse foi o míssil norte-coreano que atingiu a maior altitude já registrada. O tempo de voo também foi o maior para artefatos produzidos pelo regime de Kim Jong-un.
Esse foi o primeiro teste norte-coreano após militares do país serem enviados para a Rússia.
Rússia e Coreia do Norte
A Rússia e a Coreia do Norte tornaram-se mais próximas desde que o ditador Vladimir Putin lançou o seu ataque à Ucrânia em fevereiro de 2022. Os dois países fecharam um acordo de defesa mútua durante a visita de Putin a Pyongyang, em junho deste ano.
Há muitos meses que a Coreia do Norte é suspeita de fornecer à Rússia grandes quantidades de munições e mísseis. Agora também fornece milhares de soldados para lutar no conflito com a Ucrânia. Moscou e Pyongyang não confirmaram nem negaram a chegada dessas tropas que, segundo o Ocidente, estão prestes a ser enviadas para o campo de batalha.
A Coreia do Norte também é suspeita de pedir em troca deste apoio tecnologias que ajudarão a fortalecer o seu arsenal nuclear, em particular os seus mísseis balísticos.Leia também: O que Kim Jong-un obtém com o seu acordo com Putin?
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