A Casa Branca reuniu discretamente uma equipe de autoridades de segurança nacional para esboçar cenários de como os EUA e seus aliados devem responder se Vladimir Putin, frustrado pelo atoleiro na Ucrânia, liberar seus estoques de armas químicas, biológicas ou nucleares, informa o New York Times.

A Equipe Tigre, como o grupo é conhecido, também está examinando as respostas se o tirano russo entrar em território da Otan para atacar comboios que trazem armas e ajuda para a Ucrânia, disseram ao jornal americano vários funcionários envolvidos no processo.

A equipe, que se reúne três vezes por semana em sessões secretas, também analisa respostas caso a Rússia pretenda estender a guerra a nações vizinhas, como Moldávia e Geórgia, e estuda como preparar os países europeus para os refugiados que chegam em uma escala não vista em décadas.

Os planos de contingência devem ser um assunto central na reunião de Joe Biden (na foto, sendo cumprimentado pelo premiê belga, Alexander De Croo, ao chegar a Bruxelas) com líderes dos outros 29 países da Otan, nesta quinta-feira (23), na capital da Bélgica.

Apenas um mês atrás, observa o NYT, esses cenários pareciam mais teóricos. Mas hoje tanto a Casa Branca como a sede da Otan em Bruxelas reconhecem que Putin pode recorrer às armas mais poderosas de seu arsenal para se livrar de um impasse militar.

O secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, destacou nesta quarta-feira (23) a urgência do esforço de preparação e disse que, mesmo que os russos empreguem armas de destruição em massa apenas dentro da Ucrânia, elas podem ter “consequências terríveis” para as pessoas nos países da Otan.