Estudo revela que povos tradicionais possuem a mesma felicidade de países ricos
Descubra na nossa reportagem como comunidades tradicionais revelam que felicidade vai além da riqueza. Surpreenda-se com o estudo que desafia o ditado popular - 'o dinheiro não compra felicidade'!
Não é incomum ignorar frases como “o dinheiro não compra felicidade” com um toque cínico ou até sarcástico. Entretanto, um estudo recente publicado na PNAS, periódico da Academia Nacional de Ciências dos EUA, sugere que existe uma certa verdade nessa declaração, dependendo do contexto social da pessoa.
O estudo, liderado por Victoria Reyes-García, do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambientais da Universidade Autônoma de Barcelona, analisou pesquisas sobre o nível de felicidade autodeclarado em vários países. Os resultados mostraram que, de modo geral, pessoas vivendo em países com maior renda per capita tendem a declarar maior satisfação com a vida.
Comunidades tradicionais e felicidade
Entretanto, a equipe de Reyes-García decidiu ir além e investigou o mesmo nível de felicidade em comunidades tradicionais ao redor do mundo. A pergunta padrão que guiou o estudo foi: “Considerando todos os aspectos da sua vida, o quanto você se considera satisfeito numa escala de 0 a 10?”
Dezenove comunidades tradicionais participaram do estudo, incluindo nômades tuaregues da Argélia, ribeirinhos brasileiros do rio Juruá e pescadores das ilhas Fiji, na Oceania. Estes grupos possuem uma renda “monetária” praticamente inexistente.
Resultado mostra felicidade independente da riqueza
O resultado é surpreendente: estas comunidades mostraram um “nível médio de felicidade” de 6,8. Este número supera países ricos como Itália, Japão, Espanha, e até mesmo empatando com a Bélgica e o Reino Unido. Quatro das comunidades tradicionais mostraram níveis altíssimos de satisfação com vida, superiores a 8 – superando até mesmo os países nórdicos, considerados os mais felizes do século XXI.
Isso sugere que muitos outros fatores além da riqueza material podem influenciar na percepção de felicidade das pessoas. Em sociedades menores e igualitárias, o simples fato de se comparar com os outros pode fazer com que as pessoas sintam-se satisfeitas. Por outro lado, em sociedades industrializadas, um nível material mais alto seria necessário para compensar a óbvia presença de pessoas muito mais ricas.
Outros fatores contribuem para a felicidade
Além disso, entrevistas mais detalhadas com essas comunidades apontam que fatores como a força das relações sociais, a harmonia desses laços e o contato com a natureza são extremamente relevantes para a satisfação pessoal.
Assim, percebe-se que não existe apenas uma forma de se sentir feliz. Ainda que não seja viável replicar a experiência de comunidades tradicionais em grandes metrópoles, é verdade que podemos aprender muito com elas para moldar nosso futuro.
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