“Este antissemitismo flagrante é repreensível e perigoso”, diz Biden
“Nos últimos dias, testemunhamos assédio e apelos à violência contra os judeus. Este antissemitismo flagrante é repreensível e perigoso, e não tem absolutamente nenhum lugar nos campi universitários, ou em qualquer lugar do nosso país”, disse Joe Biden
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse no domingo, 22 de abril, que o antissemitismo “não tem lugar” no campus.
A declaração veio após os atos nos quais estudantes pró-palestinos da prestigiada Universidade de Columbia exigiram que a instituição cortasse os seus laços financeiros com Israel. A Instituição tem um programa de intercâmbio com Tel Aviv.
“Nos últimos dias, testemunhamos assédio e apelos à violência contra os judeus”, disse Joe Biden num comunicado na véspera da Páscoa judaica, que começa na noite de segunda-feira. “Este antissemitismo flagrante é repreensível e perigoso, e não tem absolutamente nenhum lugar nos campi universitários, ou em qualquer lugar do nosso país”, continuou ele.
Os militantes que protestavam contra a guerra de Israel em Gaza iniciaram uma ocupação dos gramados do campus.
A administração da universidade tem sido criticada por sua passividade enquanto centenas de manifestantes bloqueiam acessos, pedem boicote contra Israel, entoam cânticos antissemitas pró-Hamas, constragem e atacam estudantes judeus, impedindo-os de entrar no prédio.
Campi americanos, teatro de tensões
Um rabino ligado a uma organização estudantil judaica ortodoxa em Columbia, Elie Buechler, aconselhou “fortemente” os estudantes judeus a voltarem para casa no domingo, 21.
Acontecimentos recentes “deixaram claro que a Segurança Pública da Universidade de Columbia e o Departamento de Polícia de Nova Iorque não podem garantir a segurança dos estudantes judeus”, escreveu Elie Buechler numa mensagem a cerca de 300 estudantes.
Por outro lado, Hillel, outra organização judaica em Columbia, disse no X que os estudantes judeus não deveriam deixar o campus, mas que a universidade deveria “fazer mais para garantir a segurança dos nossos estudantes”.
Desde o início do conflito entre Israel e o grupo terrorista islâmico palestino Hamas, os campi americanos têm sido palco de tensões e vozes têm-se levantado para denunciar o aumento do antidsemitismo.
Os republicanos abordaram o assunto e, após uma audiência acalorada no Congresso, a presidente da Universidade da Pensilvânia, Elizabeth Magill e sua homóloga de Harvard, Claudine Gay, renunciaram, em dezembro e janeiro, respectivamente.
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