Estado psicótico por uso de Cannabis: brasileiro que matou adolescente em Londres é condenado
De acordo com as investigações, Monzo entrou em um estado psicótico induzido pelo uso de maconha antes de iniciar os ataques na manhã do dia 30 de abril
O brasileiro Marcus Arduini Monzo, de 37 anos, foi considerado culpado nesta quarta-feira, 25 de junho, pelo assassinato de um jovem britânico de 14 anos, ocorrido em Hainault, Londres, em abril de 2024. O crime chocou a comunidade local e atraiu a atenção da mídia internacional.
Monzo também enfrentou condenações por tentativa de homicídio, lesão intencional e posse de arma ofensiva.
O veredicto foi proferido por um júri composto por oito mulheres e quatro homens no tribunal londrino de Old Bailey. Durante a leitura do julgamento, Monzo demonstrou uma notável falta de emoção.
A sentença será divulgada na próxima sexta-feira. O crime, que ocorreu em um intervalo de apenas 20 minutos, teve como alvo não apenas o adolescente Daniel Anjorin, mas também outros cidadãos e agentes da polícia.
De acordo com as investigações, Monzo entrou em um estado psicótico induzido pelo uso de maconha antes de iniciar os ataques na manhã do dia 30 de abril.
Testemunhas relataram que ele exibia comportamento eufórico após desferir golpes fatais contra Anjorin, que se dirigia à escola no momento do incidente.
As autoridades foram acionadas após relatos de um veículo colidindo com uma residência e pessoas sendo atacadas com uma espada.
O ataque resultou na morte de Daniel Anjorin e deixou outras quatro pessoas feridas, incluindo dois policiais que estavam respondendo à ocorrência.
Um dos policiais feridos sofreu lesões graves em um dos braços e necessitou passar por cirurgia. Outro agente teve ferimentos na mão. As circunstâncias do caso foram descritas como alarmantes pela polícia londrina.
A comunidade ficou abalada com a tragédia. A escola frequentada por Daniel, localizada em Woodford Green, destacou o caráter estudioso e gentil do aluno assassinado em um comunicado.
Marcus Monzo residia em Newham, uma área ao leste de Londres. Vizinhos relataram surpresa diante do ocorrido, descrevendo-o como uma pessoa reservada e educada. Rafael Ericson, um morador local, afirmou que Monzo era visto como “um vizinho normal”.
No entanto, Ericson expressou preocupação com a repercussão do caso sobre a comunidade brasileira local e alertou para possíveis especulações acerca das motivações subjacentes ao ato violento cometido por Monzo.
Estado psicótico por uso abusivo de Cannabis
Jaswant Narwal, Procurador Chefe da CPS London North, discorreu sobre o caso de Marcus Arduini-Monzo, cuja brutalidade chocou a comunidade londrina no ano passado.
Quando incidentes dessa natureza ocorrem, surge imediatamente na mente da sociedade a indagação sobre as motivações por trás de tais atos insensatos.
No caso de Arduini-Monzo, embora não houvesse dúvida sobre seu estado psicótico durante o ataque, o desafio enfrentado pelos promotores especializados em homicídios foi demonstrar que essa condição mental era consequência do uso abusivo de cannabis e não de um transtorno subjacente como a esquizofrenia.
Essa distinção é crucial, pois ao evidenciar que a psicose de Arduini-Monzo resultava de suas próprias escolhas, os procuradores puderam apresentar acusações de homicídio em vez de homicídio culposo por responsabilidade diminuída.
Graças às provas médicas especializadas apresentadas ao júri, ficou claro onde recai toda a responsabilidade por este crime horrendo: sobre o autor do delito.
Narwal garantiu à população londrina que sempre que for possível comprovar que a responsabilidade por um crime decorre das ações do réu, a CPS não hesitará em buscar as acusações mais rigorosas possíveis.
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Comentários (2)
MARCOS
26.06.2025 12:13NESSE PONTO SOU MAIS BRASIL. SE FOSSE AQUI JÁ TAVA NO CAIXÃO.
MARCOS
26.06.2025 12:13PORQUÊ NÃO MATARAM ESSE FILHO DA PUTA??