Esfaqueamento de Lee Jae-myung foi por “convicção política”
“O suspeito decidiu matar Lee Jae-myung para evitar que ele se tornasse presidente”, foi o que disse o chefe da polícia de Busan aos repórteres, explicando também que o homem planejava o ataque há meses.
O líder da oposição sul-coreana, Lee Jae-myung , atacado e ferido por um homem em Busan na terça-feira, 2 de Janeiro, recebeu alta e fez declarações à imprensa.
Lee Jae-myung, 60 anos, foi submetido a uma cirurgia de emergência devido a uma lesão no pescoço, mas se recuperou bem e, nessa quarta-feira, 8 dias após o ataque, ele recebeu alta do Hospital Universitário Nacional de Seul.
Em suas primeiras declarações Lee disse aos repórteres que o ataque deveria servir como um impulso para reformular a política notoriamente conflituosa da Coreia do Sul:
“Espero sinceramente que este incidente possa servir como um marco para acabar com a política de ódio e restaurar uma política de respeito e coexistência”, disse ele, nos seus primeiros comentários públicos desde o incidente.
“Eu também refletirei sobre meus atos e me esforçarei muito para criar políticas de esperança.”
Os cirurgiões operaram Lee por mais de duas horas para reparar a veia jugular de seu pescoço.
Motivações políticas
A polícia sul-coreana anunciou na quarta-feira, 10 de janeiro, que a tentativa de assassinato do líder da oposição sul-coreana foi meticulosamente planejada pelo suspeito.
O líder do Partido Democrata, Lee Jae-myung, foi esfaqueado no pescoço no dia 2 de janeiro, durante uma viagem à cidade portuária de Busan por um homem que o abordou fazendo-se passar por um dos seus apoiadores.
“O suspeito decidiu matar Lee Jae-myung para evitar que ele se tornasse presidente”, foi o que disse o chefe da polícia de Busan aos repórteres, explicando também que o homem planejava o ataque há meses.
Ele comprou a faca usada no ataque em abril e acompanhou o político cinco vezes desde junho, disfarçando-se de apoiador e aguardando a oportunidade para atacar. A polícia disse que ele agiu por “convicção política”.
Nas eleições presidenciais de 2022, Lee Jae-myung foi derrotado por pouco pelo conservador Yoon Suk-yeol e poderá concorrer novamente à presidência em 2027. Pesquisas recentes indicam que ele continua sendo um forte candidato.
O suspeito de 67 anos disse à polícia que queria impedir que Lee se tornasse presidente e que seu partido vencesse as eleições. O suspeito também estava insatisfeito com a forma como as acusações de suborno contra Lee foram tratadas.
Lee Jae-myung enfrenta julgamento sob a acusação de suborno relacionado com uma empresa que é suspeita de transferir ilicitamente 8 milhões de dólares para a Coreia do Norte.
Vários políticos sul-coreanos de destaque foram atacados em público nos últimos anos.
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