Em entrevista, primeira-dama da Ucrânia agradece aos europeus
Em uma entrevista exclusiva ao site francês Le Parisien, a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska (foto), agradeceu aos europeus por acolher os refugiados de seu país depois da invasão das tropas russas...
Em uma entrevista exclusiva ao site francês Le Parisien, a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska (foto), agradeceu aos europeus por acolher os refugiados de seu país depois da invasão das tropas russas.
“Gostaria de agradecer a todos os europeus que agora ajudam nosso povo —que abrigam, alimentam, encorajam. Imagino que seja difícil para vocês também. Como nós, vocês não estavam prontos para isso. Tantas pessoas traumatizadas em seus países”, disse a primeira-dama, dirigindo-se à audiência predominantemente francesa do site.
“Mas a forma como vocês reagiram… merecem o Prêmio Nobel da Paz coletivo! Os ucranianos são pessoas maravilhosas e muito gratas. Nossos filhos nunca esquecerão o que vocês fazem por nós”, acrescentou Zelenska.
A primeira-dama descreveu seu cotidiano: “Como um ser humano que tem uma guerra em sua casa, como todo ucraniano, corro para a informação. (…) Todos os dias você tem que ligar para todos os seus parentes. Eles estão vivos? Verificar e-mails. Se as mensagens aparecerem como lidas, ainda há esperança de que tenham alguma rede, que estejam vivos”.
Zelenska também abordou os esforços para retirar crianças doentes da Ucrânia e voltou a pedir corredores humanitários “realmente seguros, onde nenhum morteiro seja disparado”. Afirmou que, até o dia 18 de março, havia mais de 109 crianças mortas e mais de 120 feridas pelos ataques russos. Outros 4.000 bebês, diz ela, nasceram “em porões, no metrô, em abrigos antiaéreos e às vezes em maternidades bombardeadas, como em Mariupol”.
A mulher de Volodymyr Zelensky mandou, ainda, um recado para as mães de soldados russos:
“Seus filhos estão matando civis na Ucrânia —mulheres, crianças, famílias inteiras. Eles vieram aqui para isso e consistentemente cumprem as ordens de sua liderança. Eles não vieram para uma ‘operação especial’. Vieram para o extermínio do povo. Soldados russos estão morrendo aqui, amaldiçoados por nossas mães. [Vladimir] Putin prometeu compensação pelos mortos; não sei que compensação pode substituir uma criança”.
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