Ditadura de Maduro sequestra chefe de campanha da oposição
Ex-presidente da Fedecámaras Noel Álvarez foi capturado pelas forças do regime chavista
A ditadura de Nicolás Maduro sequestrou um dos chefes de campanha do grupo Comando Con Venezuela Noel Álvarez, nesta sexta-feira, 10.
De acordo com a equipe, o número 2 de Maduro, Diosdado Cabello, classificou Álvarez como “terrorista” na última quarta-feira, 8:
“Noel Álvarez, chefe do Comando de Campanha ConVzla em Miranda, foi sequestrado esta tarde,10 de janeiro , por funcionários do SEBIN. Na última quarta-feira, o dirigente foi citado por Diosdado Cabello em seu programa “Con El Mazo Dando”, no qual o qualificou como terrorista e ordenou a aplicação da “Operação Tun Tun”. O regime é responsável por tudo o que aconteça à sua integridade física. Exigimos informações sobre seu paradeiro e sua libertação imediata“, escreveu Comando con Venezuela no X.
Álvarez presidiu a Fedecámaras (Federação de Câmaras e Associação de Comércio e Produção da Venezuela) entre os anos de 2009 e 2011.
Ele organizou ainda da campanha da líder oposicionista, María Corina Machado, que foi sequestrada e libertada pelo regime chavista na última quinta, 9.
Recorde de presos políticos
A ONG Foro Penal, que atua em defesa dos direitos humanos na Venezuela, publicou um novo balanço no qual aponta recorde de presos políticos no país no século XXI.
“Registramos o maior número de presos com fins políticos conhecido na Venezuela, pelo menos no século XXI. Continuamos recebendo e cadastrando detidos“, afirmou a Foro Penal.
De acordo com a organização, existem 1.697 presos políticos, sendo 1.495 homens e 202 mulheres, desde 2 de janeiro.
No balanço, a Foro Penal destaca que são 1.552 pessoas presas sem condenação, 145 condenados, 112 ainda sem julgamento e 15 sem status.
Além disso, a ONG aponta que o paradeiro de 38 indivíduos ainda é desconhecido.
Ainda há mais de nove mil pessoas sujeitas a medidas restritivas de liberdade em todo o território venezuelano.
Desde 2014, o regime chavista prendeu mais de 18 mil venezuelanos.
Há relatos de familiares de presos políticos sobre tortura nos cárceres do país.
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