Ditador Ortega acaba com escoteiros na Nicarágua
O ditador Daniel Ortega fechou a Associação de Escoteiros do país por irregularidades nos orçamentos, segundo informações do governo
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O ditador Daniel Ortega, em conformidade com as normas do regime, ordenou o fechamento da Associação de Escoteiros da Nicarágua devido a irregularidades na apresentação de orçamentos. Segundo o governo, essa conduta é considerada ilegal e resulta na perda da personalidade jurídica da organização, além de levar à apreensão de seus bens pelo Estado.
Segundo reportagem do O Globo, essa medida não é um caso isolado, pois o governo Ortega já perseguiu outras ONGs e instituições religiosas, especialmente as católicas e cristãs.
Ao longo do tempo, dez organizações foram alvo das mesmas ações, como a Fraternidad Misioneras del Fiat de María e a Universidade de Ciências da Saúde e Energias Renováveis, que foram acusadas de abrir escritórios sem autorização governamental.
Perseguição a ONGs católicas
No mês de janeiro deste ano, mais 16 ONGs católicas e evangélicas também passaram pelo processo arbitrário e ditatorial de Ortega. De acordo com informações do Vatican News, nove delas foram declaradas ilegais por não cumprir os requisitos estabelecidos pelo governo para operar, enquanto as outras sete optaram pela dissolução voluntária.
No mesmo mês, o bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, que estava detido há mais de um ano, foi libertado juntamente com outro bispo, dois seminaristas e quinze sacerdotes. Com exceção de um dos sacerdotes que decidiu se estabelecer na Venezuela, todos os outros buscaram refúgio no Vaticano.
Papa contra o regime de Ortega
No seu primeiro Angelus de 2024, o Papa Francisco rezou pelas pessoas afetadas pelo regime de Ortega, pedindo um caminho de diálogo para superar as dificuldades enfrentadas.
No mês passado, a ditadura da Nicarágua libertou dois bispos católicos, além de 13 padres e três seminaristas, e os enviou para o Vaticano. Inclui à lista o bispo Rolando Álvarez, condenado a 26 anos de detenção pelo regime nicaraguense.
Entre os libertados, também estão o bispo Isidoro Mora e outros padres detidos desde dezembro. As informações foram confirmadas por outros párocos que estão no exílio, como Uriel Vallejos, e outros ativistas.
Em publicação nas redes sociais, Vallejos afirmou que Ortega e sua esposa, a primeira-dama e vice-presidente Rosario Murillo, que também chefia a Suprema Corte de Justiça do país, pretendem “deixar a Nicarágua sem padres”.
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