Um apagão atinge todo o território de Cuba desde a manhã de sexta-feira, 18.  O Ministério da Energia cubano alega que uma falha em uma das principais usinas de energia elétrica do país provocou o corte de energia.

Na capital, Havana, a eletricidade chegou a ser restabelecida neste sábado em regiões com hospitais, mas às 6h15 da manhã ocorreu um novo corte, segundo o sindicato elétrico de Cuba.

O apagão já era previsto. Na noite de quinta-feira, o primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, fez um discurso na televisão para tratar da crise elétrica em andamento, considerada a pior já enfrentada na ilha.

O regime ordenou o fechamento de todas as escolas e da indústria considerada não essencial até a próxima segunda-feira. Atividades recreativas e culturais, incluindo casas noturnas, também foram fechadas.

A falha na usina elétrica Antonio Guiteras, a maior do país, deixou aproximadamente 10 milhões de pessoas sem energia. O número representa quase a totalidade da população do país, com cerca de 11 milhões de pessoas.

O ditador cubano, Miguel Diaz-Canel, afirmou que “não haverá descanso” até que a energia seja restabelecida, mas não deu uma previsão sobre quando isso ocorrerá.

Durante semanas, o país enfrentou a falta de combustível para manter a rede elétrica em funcionamento, o que deixou várias regiões sem energia por períodos de 15 a 20 horas diárias.

Apagões que geram “consciência”

O ditador Miguel Díaz-Canel já afirmou que os apagões que os habitantes da ilha sofrem durante mais de um dia inteiro podem servir para criar “consciência”, elevando a “qualidade de vida”. As declarações foram transmitidas durante um podcast intitulado “O que está acontecendo com a eletricidade em Cuba?”

“Aqui não há apagões que incomodem ninguém. Todos os nossos esforços, todos os nossos sentimentos são para garantir que haja qualidade de vida”, disse Díaz-Canel durante um programa transmitido no canal de YouTube da presidência cubana.