Crusoé: Trump descreve invasão ao Capitólio como um “dia de amor”
"Eles pensaram que a eleição foi uma eleição fraudada, e é por isso que eles vieram. Não foi feito nada de errado", disse o republicano em um evento com eleitores latinos
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump descreveu o dia 6 de janeiro de 2021, data em que seus apoiadores invadiram o Capitólio, a sede do Congresso americano em Washington, para tentar interromper a sessão da contagem oficial de votos do Colégio Eleitoral que confirmou a vitória de Joe Biden, como um “dia de amor”.
A declaração foi dada em um evento público realizado em Miami na quarta-feira, 16, em resposta a um eleitor disposto a dar a ele a chance de “reconquistar seu voto”.
“Eles pensaram que a eleição foi uma eleição fraudada, e é por isso que eles vieram. Não foi feito nada de errado. E uma ação foi tomada. Uma forte ação”, afirmou Trump a eleitores latinos.
“Não havia armas lá embaixo. Nós não tínhamos armas. Os outros tinham armas, mas nós não tínhamos armas. E quando eu digo nós, essas são pessoas que andaram — essa foi uma porcentagem minúscula do total que ninguém vê e ninguém, ninguém mostra. Mas esse foi um dia de amor”, continuou.
Trump também disse ter discordado “totalmente” do que seu ex-vice-presidente Mike Pence fez naquele dia, referindo-se à recusa de Pence em cumprir suas exigências para impedir o Congresso de certificar a vitória eleitoral de Joe Biden em 6 de janeiro.
“O vice-presidente, eu discordo dele sobre o que ele fez. Eu discordo totalmente dele sobre o que ele fez”, disse Trump.
Essa não é a primeira vez que o candidato republicano minimiza a invasão do Capitólio.
Em agosto, ele comparou seu comício de 6 de janeiro em frente à Casa Branca ao discurso de Martin Luther King.
“Eu acho que as pessoas que — se você olhar para 6 de janeiro, sobre o qual muitas pessoas não estão falando muito, essas pessoas foram tratadas muito duramente quando você as compara a outras coisas que aconteceram neste país, onde muitas pessoas foram mortas”, disse Trump em sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida.
“Ninguém foi morto em 6 de janeiro. Mas eu acho que as pessoas de 6 de janeiro foram tratadas muito injustamente”, acrescentou.
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