Crusoé: Republicanos entram em colapso na Câmara dos EUA
Deputados do partido levaram um inédito impeachment de secretário para votação no plenário. Traições levaram ao fracasso da proposta
O partido Republicano levou, ao plenário da Câmara dos Estados Unidos na noite desta terça-feira, 6, o primeiro pedido de impeachment de secretário do Executivo (cargo equivalente ao ministro de estado brasileiro) em 148 anos. O partido estava confiante em aprovar o impedimento de Alejandro Mayorkas, o secretário de Segurança Nacional de Joe Biden, não por algum crime — mas por sua condução na política de imigração.
Foi o primeiro de dois erros estratégicos que culminaram no que a imprensa americana chamou de “desastre republicano duplo” da noite. O partido, mesmo com a maioria, não conseguiu aprovar o impeachment. Foram 214 votos a favor, e 216 contrários.
Era preciso uma maioria simples para aprovar o impeachment — coisa que o partido tem— mas três republicanos votaram contra o pedido de afastamento. Com o caso próximo de um empate, um quarto parlamentar ainda votou contra o pedido de destituição, permitindo que a proposta seja apresentada novamente no futuro, quando o líder do partido, Steve Scalise (Louisiana), estiver recuperado do tratamento de um câncer.
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