Crusoé: Próxima greve geral contra Milei tem data na Argentina
Maior central sindical da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), definiu a data da próxima greve geral
A maior central sindical da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), definiu a data da próxima greve geral contra o governo de Javier Milei, que mal completou cinco meses de mandato.
A greve está marcada para 9 de maio. Ela durará 24 horas.
A data foi definida nesta quinta-feira, 11 de abril, em reunião do conselho diretivo da CGT.
Assim, a greve ocorrerá cerca de uma semana após a mobilização tradicional de 1º de maio.
Não se sabe se haverá um protesto concomitantemente no dia 9, como ocorreu na primeira greve geral do mandato de Milei, no final de janeiro.
Ontem, quarta, 10 de abril, a cúpula da CGT se reuniu com o ministro do Interior, Guillermo Francos, na Casa Rosada no contexto das negociações pelo pacotão de reformas ómnibus.
O governo se preocupa pela capacidade de mobilização da central sindical, que, assim como a maioria dos sindicatos e movimentos sociais, tem laços com o peronismo e intensifica os protestos em governos não peronistas.
Desde março, a Casa Rosada tem negociações duras pelos reajustes salariais do sindicato mais importante da CGT, o dos caminhoneiros. Essa é a categoria do líder de facto da CGT, Pablo Moyano (foto).
Na Argentina, o governo precisa homologar os acordos de reajustes salariais entre sindicatos e empregadores.
No caso dos caminhoneiros, firmou-se um acordo para reajustar os salários em cerca de 40% no bimestre março-abril. Entretanto, o ministro da Economia, Luis Caputo, se recusa a homologar o reajuste por estar acima da inflação.
Segundo a imprensa argentina, nesta semana, o governo e o sindicato dos caminhoneiros negociam um reajuste de 30% para o bimestre, mais um bônus retroativo referente a 2023.
Como foi a primeira greve geral contra Milei?
A maior central sindical da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), convocou uma greve geral em 24 de janeiro.
A mobilização durou das 12h até as 0h de quinta, 25, e paralisou quase todos os setores, exceto policiamento e hospitais, embora estes últimos tiveram efetivo reduzido.
Além da greve,…
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