Crusoé: Por avião apreendido, chanceler de Maduro chama Argentina de “neonazista”
Um Boeing 747, que faz transporte de carga para a Venezuela, foi apreendido na Argentina a pedido de autoridades americanas. A coisa só escalou a partir daí
Começou com um Boeing 747. Escalou a ponto do chanceler da ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela se referir a “o governo neonazi da Argentina”.
A mais nova crise entre os vizinhos ao norte e ao sul do Brasil se iniciou, na verdade, em 2022. Um Boeing 747-300, o único na frota da Emtrasur Cargo, a estatal venezuelana de transporte aéreo de carga, foi parado no aeroporto de Ezeiza, na capital argentina.
A preocupação do governo argentino não seria especificamente a carga — que seriam peças automotivas vindas do México — mas a aeronave em si. O avião, originalmente, pertence a Mahan Air, uma companhia aérea sancionada por Washington por dar apoio direto às forças Quds, unidade especial ligada diretamente ao aiatolá Ali Khamenei.
A tripulação do voo, apreendida e depois liberada na Argentina, tinha 14 venezuelanos e cinco iranianos. E a aeronave seria pilotada por Gholamreza Qasemi, general das Forças Quds em Teerã. Uma investigação de um jornalista iraniano, para um jornal israelense, chegou a apontá-lo como o responsável por levar armas e munições em voos para a Síria, provavelmente para abastecer o Hezbollah.
Depois de um ano e meio parado na Argentina, o governo de Javier Milei consentiu que a aeronave fosse entregue ao governo dos Estados Unidos. Ao chegar em Miami, o governo americano desmontou o Boeing 747.
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