Crusoé: “Partido anti-China mantém presidência em Taiwan, mas perde o Congresso”
A eleição de Lai Chng-Te (foto) à presidência de Taiwan, no último sábado, 13, reforçou o aspecto anti-China que os eleitores do país esperam da sua presidência...
A eleição de Lai Chng-Te (foto) à presidência de Taiwan, no último sábado, 13, reforçou o aspecto anti-China que os eleitores do país esperam da sua presidência. Lai, que foi vice-presidente da atual mandatária, Tsai Ing-Wen, tem visões ainda mais antagônicas em relação a Pequim, que não reconhece o governo da ilha e busca a anexação do território.
Mesmo assim, o governo da China socialista teve uma vitória e tanto: o Partido Nacionalista Chinês, conhecido como Kuomitang e que defende uma maior aproximação com o governo do continente, recuperou a liderança do Congresso do país.
O Kuomitang, que tinha 38 cadeiras, agora terá 52. O DPP, partido que manteve a presidência do país, viu sua bancada diminuir de 63 para 51 cadeiras.
Agora, nenhum dos dois terá a maioria das 113 cadeiras do Congresso para aprovar propostas sozinho. O resultado também coloca Lai em obrigação de negociar com a “terceira via” do país, o Partido Popular de Taiwan, além dos dois deputados independentes que foram eleitos neste final de semana.
Talvez por isso, Xi Jinping não tenha perdido o foco em Pequim: em um artigo em uma revista ligada ao Partido Comunista Chinês, o presidente chinês defendeu a estratégia chinesa de “desenvolver e reforçar as forças patrióticas e de reunificação de Taiwan”, além de se opor às “atividades de forças separatistas” e “promover a completa reunificação com a China.”
Durante o período eleitoral, a pressão chinesa sobre a ilha — que é constantemente visitada pelos jatos militares chineses — foi reforçada pelo reaparecimento dos balões espiões de Pequim. Os aparelhos não tripulados, que estiveram no centro de uma das maiores tensões geopolíticas do ano passado, foram reconhecidos pelo Ministério da Defesa da ilha de Taiwan.
À época, o porta-voz do ministério da Defesa Nacional de Taiwan, Sun Li-Fang, não comentou se os balões seriam de fato para uso de espionagem, já que alguns dos aparelhos anteriores eram para uso meteorológicos.
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