Crusoé: Para a Rússia, ataque a hospital infantil é “peça publicitária” ucraniana
Ataque com míssil a hospital infantil em Kiev matou ao menos 38 pessoas, incluindo crianças internadas no local; ONU se reúne para debater caso
Um dia após um ataque russo a um hospital infantil ter matado ao menos 38 pessoas em Kiev, a capital da Ucrânia, o governo de Moscou veio à público negar que tenha sido o autor do bombardeio aos civis.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 9, o porta-voz do Kremlin, Dimitry Peskov, chamou o ataque à instalação pediátrica de “peça publicitária” por parte do governo de Volodymyr Zelensky. Na visão de Vladimir Putin, fotos e vídeos comprovariam que o que atingiu o hospital infantil Okhmatdyt seria, na verdade, um míssil de defesa aérea ucraniano.
A Ucrânia afirma que o hospital foi atingido por um míssil KH-101, de fabricação russa e que foi usado para ataque em diversos locais não só na Ucrânia, como na ofensiva russa na Síria na década passada. “Não h[a dúvidas de que se tratou de um ataque direto”, disse o governo ucraniano após o bombardeio.
Questionado se os russos fariam algum ataque do tipo, Peskov disse que a orientação é de atacar apenas infraestrutura militar e crítica ao governo ucraniano. A desculpa não colou, e o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) fará uma reunião de emergência sobre o caso nesta terça-feira.
Ontem à noite, várias horas após o ataque, o governo brasileiro tornou pública uma manifestação dúbia sobre o tema. A nota do Itamaraty não menciona a Rússia como a responsável pelas dezenas de mísseis, que atingiram cinco cidades ucranianas e, além das 38 mortes, deixaram 150 ficaram feridas.
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