Crusoé: Os sinais que Biden recebeu de Michigan
Ele continua invicto. Ele não deve ter nomes para impedi-lo de ser o candidato democrata. Ele pode perder a eleição pelo voto árabe — que votou por puni-lo.
Joe Biden (foto) teve 81.1% dos votos nas primárias democráticas de Michigan, nesta terça-feira, 27. Sem outros concorrentes de peso (o outro candidato, Dean Phillips, teve 2,7% dos votos), o atual presidente americano se consolida como o candidato democrata em novembro, devendo ter um tira-teima contra Donald Trump — que também venceu Nikki Haley no estado.
Outros números, no entanto, confirmaram que a candidatura democrata enfrenta mais problemas do que o aparente à primeira vista. O primeiro recado veio do eleitor árabe-americano — que constitui uma fatia relevante da população do estado: como retaliação pelo apoio dos Estados Unidos a Israel no conflito em Gaza.
Cerca de 13% dos votos democratas foram para “nenhum dos candidatos”, como vieram pressionando eleitores de descendência somali, libanesa, iraquiana, jordaniana e mesmo palestina — uma parlamentar do estado chegou a pressionar pelo voto em branco.
Parece que a pressão funcionou: em Dearborn, cidade nos arredores de Detroit que concentra a maioria do eleitorado árabe-americano, 56% votaram em “nenhum candidato”, contra 40% dos votos em Biden.
Leia mais aqui; assine Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)