Crusoé: Os espiões do Irã em Israel
Prisão de sete judeus israelenses que estariam operando para o regime iraniano no mapeamento de alvos internos mostra a preocupação com a espionagem em tempos de guerra
Sete judeus israelenses, de Haifa e outras cidades do norte, foram presos por supostamente realizar cerca de 600 tarefas para o Irã, incluindo tirar fotos e coletar dados sobre bases das Forças de Defesa de Israel, informou o Ministério da Justiça do país.
Os sete teriam reunido informações sobre as bases aéreas de Nevatim e Ramat David, o quartel-general das FDI em Tel Aviv, as baterias do Domo de Ferro, a base de treinamento de Golani e outros locais, seguindo as instruções de seus operadores iranianos.
Os suspeitos “receberam mapas de locais estratégicos de seus manipuladores”, disse o procurador do Estado.
As acusações contra os suspeitos de espionagem devem ser apresentadas na sexta-feira. De acordo com o comunicado do Ministério Público, há entre eles um soldado desertor e dois menores.
A “gravidade e o escopo” do incidente estão “entre os mais graves conhecidos por Israel”, disse a polícia do país.
“Esta investigação destaca os esforços contínuos da inteligência iraniana para recrutar e explorar cidadãos israelenses para espionagem e terrorismo dentro de Israel. A rede [de espiões] realizou extensas missões de reconhecimento em bases da FDI em todo o país, com foco em instalações da força aérea e da marinha, portos, locais do sistema Domo de Ferro e infraestrutura de energia, como a usina de Hadera”, complementou a polícia israelense.
O histórico de terror do Irã contra Israel
Yahya Sinwar, o líder máximo do Hamas eliminado pelas Forças de Defesa de Israel em 17 de outubro de 2024, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, pisou no Irã pela primeira vez em 2012, um ano depois de ter sido libertado da prisão israelense, onde havia passado mais de duas décadas. Naquela ocasião, Ismail Haniyeh, que seria eliminado em Teerã em 31 de julho de 2024, apareceu em vídeo apresentando Sinwar ao aiatolá Seyyed Ali Khamenei, durante reunião de terroristas com o líder supremo iraniano.
“Temos conosco dois irmãos libertados. [Um deles é] Yahya Sinwar, que passou 25 anos em prisão da ocupação sionista, condenado a 430 anos”, disse Haniyeh enquanto apontava para o futuro idealizador do ataque de 7 de outubro de 2023 cometido pelo Hamas em Israel, resultando em mais de 1200 assassinatos e 251 sequestros, dos quais 101 reféns seguem em cativeiro. Sinwar estava sentado em uma cadeira ao lado de outros palestinos. Khamenei sorriu para ele, antes de dizer que todos ali “emergiriam vitoriosos” em sua luta contra o regime sionista graças às suas fortes crenças.
Seis anos depois, em 21 de maio de 2018, Sinwar admitiu à TV Al-Mayadeen, do Líbano, que o Irã financia o Hamas, e também falou da coordenação do grupo com o Hezbollah em “contatos quase diários”. Ambos os braços terroristas do regime iraniano vêm atacando, respectivamente, o sul e o norte israelenses.
Siga a leitura em Crusoé. Assine e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)