Crusoé: Os enormes desafios de Biden no discurso State of the Union
Pesquisa da Universidade Quinnipiac mostra que maioria dos americanos acredita que o presidente está velho demais para mais quatro anos de governo e o desaprova na economia e na política externa
Todo início de ano, o presidente dos Estados Unidos é convidado pelo Congresso para fazer um discurso, o State of the Union. Nesta quinta, 7 de março, será a vez de Joe Biden falar para os parlamentares pela quarta vez em seu mandato. Como se trata de um ano eleitoral, este também será um discurso de campanha. Em novembro, Biden deve enfrentar o republicano Donald Trump nas urnas. Os desafios que se amontoam diante do atual presidente, contudo, são gigantescos.
Uma pesquisa publicada pela Universidade Quinnipiac no sábado, 2, mostra que os americanos não aprovam Biden em vários temas e o consideram muito velho para governar por mais quatro anos.
Cerca de 67% acham que Biden está velho demais, enquanto 31% não acham que a idade seja um problema para ele.
Qualquer vacilo ou confusão durante o discurso pode piorar ainda mais essa imagem que os americanos fazem de Biden, que tem 81 anos.
Biden também é reprovado na condução da economia por 55% dos americanos (42% aprovam). O tema costuma ser o mais importante na definição dos votos. Ainda que o país tenha conseguido conter a inflação e fazer a economia crescer, o padrão de vida ainda não superou o da época pré-pandemia, o que tem favorecido o fortalecimento da candidatura de Donald Trump.
Em temas de política externa, o apoio para a Ucrânia e para Israel têm sido contestados internamente:
- 62% desaprovam a resposta à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas (31% aprovam)
- 48% desaprovam a resposta americana à invasão russa da Ucrânia (47% aprovam).
- 60% desaprovam a política externa (36% aprovam)
- 63% desaprovam a situação na fronteira com o México (29% aprovam)
A assessoria de Biden divulgou alguns temas que seriam tratados pelo presidente nesta quinta. Entre os assuntos estão “fazer com que os ricos e as corporações paguem a sua parte justa”, “salvar a nossa democracia” e uma “agenda de unidade”.
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