Crusoé: “Ortega aplica punição ‘mais primitiva que tortura’ contra adversários”
A viagem de Lula aos Estados Unidos, onde deve se encontrar nesta sexta-feira com o presidente americano Joe Biden, para falar de democracia e direitos humanos, entre outros temas, coincidiu com a chegada em solo americano de 222 pessoas nascidas na Nicarágua e expulsas do país pelo asqueroso Daniel Ortega...
A viagem de Lula aos Estados Unidos, onde deve se encontrar nesta sexta-feira com o presidente americano Joe Biden, para falar de democracia e direitos humanos, entre outros temas, coincidiu com a chegada em solo americano de 222 pessoas nascidas na Nicarágua e expulsas do país pelo asqueroso Daniel Ortega – um dos ditadores que, segundo Lula, devem ser tratados “com carinho” pela comunidade internacional.
A fórmula “pessoas nascidas na Nicarágua”, usada linhas acima no lugar de um simples “nicaraguenses”, tem uma razão de ser, decorrente da dose extra de perversidade que separa este caso de outros em que pessoas são forçadas a deixar seu país natal por regimes autoritários. É que antes da expulsão, num parlamento controlado por seus comparsas, Ortega aprovou às pressas (ou seja, atropelando os ritos legislativos), uma lei que tornou apátridas os deportados.
Em outras palavras, aqueles 222 que desembarcaram nos Estados Unidos quase ao mesmo tempo que Lula já não podem ser chamados de nicaraguenses. Eles foram privados de sua nacionalidade, de todos os direitos no país onde nasceram, e ficarão no limbo até que regularizem sua situação no país de Biden ou em outro que os acolha.
Essa medida, que arranca brutalmente as raízes de uma pessoa e a deixa à deriva no mundo, é uma aberração do ponto de vista jurídico. A Nicarágua é signatária…
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