Joe Biden (foto), o presidente dos Estados Unidos, não tem conseguido convencer os eleitores de que é uma aposta viável — não apenas contra Donald Trump, o candidato republicano, mas dentro do próprio Partido Democrata. Nesta quarta-feira, 17, Biden concedeu uma entrevista ao Black Entertainment Television (BET), principal canal de TV com viés afro-americano no país.

Não ajudou ele ter esquecido o nome do principal negro em seu gabinete, no meio da entrevista.

“E sobre tratar as pessoas com dignidade e fazer com que…por exemplo: ele não aceita que nomeei o secretário de Defesa, o cara negro, que eu nomeei Kentanji Brown [Jackson, juíza da Suprema Corte]”, disse Biden durante a conversa.

Lloyd Austin. Este é o nome do “cara negro” que Biden esqueceu o nome: um dos militares mais graduados do país, Austin comandou as tropas americanas no Iraque entre 2010 e 2011, foi comandante do Comando Militar Central dos Estados Unidos sob o governo Barack Obama e comanda hoje o maior ativo militar em todo o planeta — sob as ordens de Joe Biden, que o tem no gabinete desde a sua posse, em janeiro de 2021.

Não foi a primeira polêmica envolvendo Lloyd Austin e Biden nesta semana. Uma rádio em Milwaukee reconheceu que, contra seus próprios princípios editoriais, atendeu a um pedido da Casa Branca para tirar do ar um trecho de uma entrevista veiculada no feriado do dia 4 de Julho.

Em um dos trechos, Biden exagera ao dizer : “eu tive mais negros na minha administração que qualquer outro presidente, todos os outros presidentes juntos — e em posição de destaque, de gabinete”. 

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