Crusoé: “O irmão-menor da União Europeia”
A União Europeia sempre considerou que lhe cabe ajudar e cooperar com o Mercosul, para que esse bloco chegue um dia a uma situação mais próxima do esquema com sede em Bruxelas, diz Paulo Roberto de Almeida em Crusoé...
A União Europeia sempre considerou que lhe cabe ajudar e cooperar com o Mercosul, para que esse bloco chegue um dia a uma situação mais próxima do esquema com sede em Bruxelas, diz Paulo Roberto de Almeida em Crusoé.
“A União Europeia – em sua terceira ou quarta encarnação desde o início do processo de integração – é, sem dúvida alguma, o mais sofisticado experimento de construção de unificação política, econômica e institucional que se conhece no mundo, superior a quaisquer outros esquemas de derrubadas de barreiras em escala bilateral ou plurilateral. Esse processo de integração europeu sempre despertou ambições, se não semelhantes, pelo menos similares, na América Latina.”
“Quando os Estados Unidos, o Canadá e o México se lançaram na negociação do Nafta, o acordo de livre comércio da América do Norte, o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai decidiram avançar para um mercado comum. Mas esses quatro países preferiram não caminhar pela via comunitária do experimento europeu, ficando num esquema intergovernamental bem menos ambicioso. Obviamente, o mercado comum previsto para 1995 não foi alcançado, e nem sequer a zona de livre comércio ficou completa, travada por restrições em automóveis e outros produtos. Tampouco a união aduaneira logrou alcançar os compromissos fixados pelo Tratado de Assunção de 1991. A despeito de todos esses percalços, a UE, formada em 1993, sempre considerou o Mercosul uma espécie de “irmão menor”, que caberia ajudar e cooperar para que este, algum dia, chegasse a uma situação mais próxima do esquema comunitário europeu.”
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