Crusoé: O esdrúxulo plebiscito que Petro sugere para a Venezuela
O presidente colombiano sugeriu um plebiscito na Venezuela para que "quem perca tenha a certeza e segurança sobre sua vida, seus direitos e garantias políticas que qualquer ser humano deve ter”. Quem ele quer proteger?
Em nome da “paz política e democrática”, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, expôs a Lula (foto) nesta quarta-feira, 17, uma proposta de um plebiscito sobre a fraude eleitoral na Venezuela, marcada para 28 de julho. Ninguém entendeu direito do que se trata.
“A proposta que foi transmitida ao presidente (ditador Nicolás) Maduro e à oposição e está sendo discutida é uma possibilidade de plebiscito que garanta um pacto democrático, em que quem perca tenha a certeza e segurança sobre sua vida, seus direitos e garantias políticas que qualquer ser humano deve ter”, disse Petro em declaração à imprensa, sem esclarece o tema.
Nem Lula, nem o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disseram se o Brasil apoia a iniciativa.
Em declaração conjunta, Lula e Petro afirmaram:
“Sobre a Venezuela, sublinharam a importância de se manterem a interlocução e o diálogo constante entre o governo e os demais setores políticos no espírito do Acordo de Barbados. Exortaram o governo e os setores de oposição a considerar a possibilidade de chegar a um acordo de garantias democráticas que possa ser referendado nas urnas. Reiteraram seu repúdio a qualquer tipo de sanções que unicamente servem para aumentar o sofrimento do povo venezuelano.”
A pergunta então é sobre quem estava na cabeça de Petro quando ele teve essa ideia.
Se Petro estava pensando em ajudar Maduro, no caso de uma derrota eleitoral, então ele pode estar pensando em proteger o ditador, que está sendo investigado por crimes contra a humanidade. Se processado, Maduro será julgado pelo Tribunal Penal Internacional, em Haia. Caso condenado, poderia ser preso. Será que é isso que Petro quer evitar quando fala em um plebiscito para que “quem perca tenha a certeza e segurança sobre sua vida, seus direitos e garantias políticas“?
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