Crusoé: O dinheiro chegou antes de Assad a Moscou
O ditador deposto da Síria, Bashar Assad, fugiu para Moscou com a família pouco antes do grupo terrorista HTS tomar conta da capital Damasco, em 8 de dezembro
Em dívida com o ditador russo Vladimir Putin, o banco central da Síria, sob a liderança de Bashar Assad, enviou aproximadamente 250 milhões de dólares em dinheiro vivo a Moscou entre 2018 e 2019, embora o regime sírio enfrentasse severas dificuldades econômicas.
Segundo o jornal Financial Times, foram quase duas toneladas em notas de 100 dólares e 500 euros transportadas até o aeroporto de Vnukovo, em Moscou, para serem depositadas em bancos russos.
As remessas ocorreram em 21 voos distintos entre março de 2018 e setembro de 2019.
A Rússia se firmou como um refúgio financeiro para Assad desde o início da repressão à revolta síria em 2011. As relações bilaterais se aprofundaram com a intervenção militar russa em 2015 e a participação ativa de conselheiros militares russos nas operações do exército sírio.
O ditador deposto da Síria fugiu para Moscou com a família pouco antes do grupo terrorista HTS tomar conta da capital Damasco, em 8 de dezembro.
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As transações financeiras de Assad
Um exemplo dessas transações ocorreu em 13 de maio de 2019, quando um voo levou 10 milhões de dólares ao país de Putin. Três meses antes, cerca de 20 milhões de euros haviam sido enviados ao mesmo destino.
Antes desse período, não há registros de transferências significativas entre o banco central da Síria e instituições financeiras russas.
Ao jornal, o ex-secretário adjunto dos EUA para assuntos do Oriente Médio David Schenker afirmou que transferência de dinheiro para fora do país era uma estratégia comum do regime de Assad para proteger seus ativos ilícitos.
“O regime teria que levar seu dinheiro para um porto seguro no exterior para poder usá-lo para garantir uma vida boa para o regime e seu círculo íntimo”, disse Schenker.
O papel da primeira-dama da Síria
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