Crusoé: Morte de Raisi sepulta plano para suceder Khamenei
O presidente iraniano Ebrahim Raisi, morto em uma queda de helicóptero, estava sendo preparado para suceder o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi (na foto, à direita), morreu em um acidente de helicóptero neste domingo, 19.
Como presidente, sua importância estava principalmente ligada a questões de política interna.
Raisi, contudo, estava sendo preparado para suceder o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei (à esquerda, na foto).
Por causa disso, sua morte ganha contornos muito maiores.
Por que Raisi foi escolhido para suceder Khamenei?
Raisi reunia diversas qualidades que sinalizavam para uma manutenção das estruturas de poder, caso ele viesse a assumir o cargo de líder supremo.
Em primeiro lugar, ele foi o escolhido pelo próprio Khamenei para assumir o seu lugar e vinha sendo preparado por ele.
Em 2019, Raisi foi nomeado por Khamenei como chefe do Judiciário do Irã. Como tal, tornou-se o responsável direto pelo tratamento cruel dado aos prisioneiros de consciência. Os métodos de tortura incluem estupros, testes de virgindade, privação de sono, choques elétricos, golpes e queimaduras no corpo.
Era uma pessoa próxima da Guarda Revolucionária e que conhecia muito bem o “estado profundo” iraniano.
Em 1988, Raisi integrou duas “comissões da morte” que tinham entre três e quatro integrantes e julgavam os opositores que estavam nas prisões de Evin e Gohardasht.
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