Crusoé: Moisés Naím critica “necrofilia ideológica” no Brasil
Em entrevista à Crusoé, o venezuelano Moisés Naím, escritor e ex-ministro do Desenvolvimento de Carlos Andrés Pérez, fez um paralelo entre seu conceito de "necrofilia ideológica" e o Brasil de Jair Bolsonaro. Em sua obra, Naím define o termo como a atração de políticos da América Latina...
Em entrevista à Crusoé, o venezuelano Moisés Naím, escritor e ex-ministro do Desenvolvimento de Carlos Andrés Pérez, fez um paralelo entre seu conceito de “necrofilia ideológica” e o Brasil de Jair Bolsonaro.
Em sua obra, Naím define o termo como a atração de políticos da América Latina por ideias que já se comprovaram um fracasso. O escritor comentou o desfile de tanques promovido pelo presidente brasileiro na semana passada à luz do conceito.
“Espero que essas cenas que vimos em Brasília não signifiquem um retrocesso. Os militares têm um papel importante na defesa dos países, mas eles não devem entrar na política. A necrofilia ideológica é praticada tanto pela direita como pela esquerda, por políticos, empresários, professores universitários e jornalistas. Ninguém tem o monopólio da adoração por ideias fracassadas.”
Naím citou o caso de Lula como exemplo.
“Uma comissão da ONU afirmou que Maduro e funcionários de seu governo estiveram envolvidos em ações violentas contra a população, que incluíram assassinatos, torturas, desaparecimentos e violência sexual). Lula não condena esses crimes porque isso não lhe convém politicamente. Ele optou por manter a agenda da esquerda brasileira, que ainda é muito chavista.”
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