Crusoé: Milei tem prova de fogo com aniversário de golpe militar
Durante a campanha eleitoral, o libertário evitou tocar no assunto pelo fato de haver repúdio quase unânime da sociedade ao regime militar
O presidente da Argentina, Javier Milei (foto), não vê políticas de memória histórica como uma prioridade, diz Crusoé. Era de se esperar de um economista de formação que chegou à Casa Rosada com uma plataforma voltada a solucionar a espiral inflacionária de 276,2% ao ano.
Um presidente, entretanto, tem de lidar com todas as áreas da política. Milei terá sua primeira prova de fogo com a memória neste domingo, 24, aniversário de 48 anos do golpe que instaurou a última ditadura militar da Argentina.
Durante a campanha eleitoral, em 2023, o libertário evitou tocar no assunto pelo fato de, a diferença do Brasil, haver um repúdio quase unânime da sociedade ao regime militar.
Qual é a relação entre a vice de Milei e a memória da ditadura?
A questão da ditadura ficou delegada à sua então colega de chapa, e hoje vice-presidente, Victoria Villarruel (ao fundo na foto), filha e neta de militares que construiu sua carreira política tentando justificar atos do regime.
Nos bastidores do governo, espera-se um vídeo sobre o aniversário. Não se sabe se Milei aparecerá.
Há de saber o papel de Villaruel na produção desse material. Ela teve desavenças com o presidente após o Senado, que ela preside, votar pela rejeição do decreto de necessidade e urgência (DNU) de Milei.
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