Crusoé: Mbappé, Thuram e Henry contra o “extremismo” de direita na França
Jogadores franceses resolveram se manifestar publicamente contra partido de Marine Le Pen, que lidera eleição para o parlamento; federação irá se manter neutra
A vitória da França na estreia da Eurocopa contra a Áustria, nesta segunda-feira, 17, não teve como destaque a atuação dos jogadores em Düsseldorf, na Alemanha. O centro da discussão da seleção, campeã mundial de 2018 e vice-campeã em 2022, é a política em Paris.
Durante semana passada, ainda durante a preparação para o campeonato europeu, dois dos principais jogadores da seleção pediram para que os franceses lutem contra partidos de direita radical e extrema-direita nas eleições parlamentares, convocadas para o final do mês. Os atacantes Marcus Thuram e o atacante Kyllian Mbappé, considerado a estrela da equipe, se pronunciaram publicamente sobre a questão.“A situação é muito, muito grave. Ficamos todos um pouco chocados”, disse Thuram, em coletiva de imprensa durante o final da semana. “Temos que dizer a todos para irem votar e que lutem diariamente para evitar uma vitória do RN.”O RN, citado pelo jogador, é o Rassemblent National (Reagrupamento Nacional), partido de direita radical comandado por Marine Le Pen e que tem o favoritismo nas eleições de 30 de junho e 7 de julho. A legenda, que adota um discurso anti-União Europeia e anti-imigração, já levou a maior bancada nas eleições para a UE no início do mês.Agora, as pesquisas mais recentes apontam o partido com uma leve vantagem sobre uma frente com todos os partidos de esquerda unidos — o que, se concretizado, pode levar a um período de três anos de coabitação (onde o presidente Emmanuel Macron, de centro, terá de conviver com um primeiro-ministro bem mais à direita do seu espectro, sem seu controle).
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