Os dois candidatos que avançaram para o segundo turno das eleições presidenciais na Argentina, Sergio Massa e Javier Milei, já adotaram medidas estratégicas relevantes nos dois primeiros dias dessa nova etapa eleitoral.

Em dois dias de segundo turno, até a manhã desta quarta-feira, 25 de outubro, Massa, que liderou o primeiro turno com 36% dos votos, já havia ordenado a coalizão governista desistir de uma eleição local importante.

O candidato de Massa a chefe de governo da Cidade Autônoma de Buenos Aires (cargo equivalente a governador do DF), Leandro Santoro, desistiu de concorrer ao segundo turno contra Jorge Macri, primo do ex-presidente Mauricio Macri.

A notícia veio ontem, terça, 24. E a decisão de Santoro, um aliado de última hora  do peronismo, se deu a mando da campanha presidencial.

A preocupação de Massa era que o seu candidato tinha pouquíssimas chances de vencer. O “outro Macri” ficou a menos de 7.000 votos de ganhar direto em primeiro turno.  Ele teve 49,61% dos votos, contra 32,20% de Santoro.

Além disso, um eventual segundo turno levaria tanto Santoro quanto o Jorge Macri a fazerem acenos ao eleitorado de Milei, o que poderia fortalecer o libertário na cidade de Buenos Aires.

“Conversei com o Leandro e disse que não era necessário fazer a Prefeitura passar por um gasto tão grande”, disse Massa em um ato de inauguração de uma escola técnica nos subúrbios bonaerenses.

No primeiro turno, Massa teve 32% dos votos da cidade, uma melhora de 8 pontos percentuais em relação às primárias, em agosto. Milei teve pouco menos de 20%, uma melhora de dois pontos.

A capital federal é um bastião do macrismo. A candidata do ex-presidente Macri e terceira colocada presidencial, Patricia Bullrich, teve 41% dos votos dos porteños.

No outro lado da corrida no segundo turno, Milei fez acenos à esquerda que tanto demonizou, incluindo Bullrich, uma candidata originalmente de direita ou centro-direita, e até mesmo aos socialistas.

“Durante todos…

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