Crusoé: Maduro mobiliza tropas na fronteira após envio de navio britânico
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de tropas na fronteira com a...
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de tropas na fronteira com a Guiana a partir desta quinta-feira, 28 de dezembro.
“O chefe de Estado, Nicolás Maduro, ordena a ativação imediata da Ação Conjunta ‘General Domingo Antonio Sifontes’ (como Maduro chamou a operação), que envolve as Forças Armadas Bolivarianas, sobre o Caribe oriental e a Fachada Atlântica (que correspondem às costas norte e nordeste da Venezuela, ao lado da fronteira com a Guiana), como resposta à provocação do Reino Unido contra a Venezuela”, diz comunicado da ditadura.
A medida é uma reação ao envio do navio militar HMS Trent, da Marinha do Reino Unido, à costa da Guiana.
Ajuda britânica?
O HMS Trent é um navio de patrulha de 90 metros de comprimento e pode acomodar até 50 soldados.
O navio, enviado no domingo, 24 de dezembro, realizará exercícios conjuntos com a Marinha guianesa a partir desta semana.
Ele alcança uma velocidade máxima de 45 km/h, ou 25 nós, e tem autonomia para percorrer 10.200 km, ou 5.500 milhas náuticas.
O navio havia sido enviado ao Caribe para uma operação de combate ao tráfico de drogas.
A mudança de missão se deu em meio às ameaças do regime de Nicolás Maduro de anexar a região guianesa de Essequibo, que, rico em petróleo, representa 70% do território da Guiana.
A Guiana tem relações históricas com o Reino Unido como ex-colônia britânica e membro da Comunidade Britânica de Nações, a Commonwealth.
Referendo de Maduro
As tensões aumentaram nas últimas semanas devido a um referendo realizado pela Venezuela no início de dezembro.
Na votação, cerca de 95% dos cidadãos venezuelanos se declararam a favor da anexação da área e da criação de um estado venezuelano em Essequibo, concedendo cidadania venezuelana à sua população e incorporando esse estado ao território venezuelano.
O governo da Guiana afirma que essa consulta popular visa a anexar Essequibo. A Corte Internacional de Justiça (CIJ) também declarou que a anexação seria ilegal. Antes mesmo do referendo ocorrer, a Guiana rejeitou essa medida e solicitou à CIJ uma ordem de emergência para interromper a consulta.
A corte ordenou ao governo do ditador Maduro que se abstivesse de tomar medidas que agravassem a disputa sobre Essequibo. No entanto,…
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