Crusoé: Lula lamenta morte do “açougueiro de Teerã”
Presidente brasileiro demonstrou condolências ao povo iraniano após morte do presidente do país, Ebrahim Raisi, em um acidente de helicóptero no domingo, 19
O presidente Lula prestou condolências ao povo iraniano pela morte de Ebrahim Raisi (foto, direita), o presidente do país que morreu neste domingo, 19, em um acidente aéreo no norte do país. Além dele, o chanceler do país, Hossein Amirabdollahian, também faleceu na queda de helicóptero, junto com o governador da província do local.
“Com pesar soube da confirmação da morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi e do seu chanceler, Hossein Amir Abdollahian e de todos os passageiros e tripulação, após a queda de seu helicóptero”, disse o presidente brasileiro, na manhã desta segunda-feira, 20 — após a confirmação de que a aeronave foi encontrada. “Minhas condolências aos familiares de todas as vítimas, ao governo e ao povo iraniano.“
Lula não tinha com Ebrahim Raisi, o “açougueiro de Teerã”, a mesma relação que tinha com Mahmoud Ahmadinejad, mas não abandonou sua cumplicidade a um dos governos que mais patrocina ataques ao Ocidente. Quando o governo de Raisi atacou diretamente Israel com drones e mísseis em abril, nem Lula nem o presidente colombiano, Gustavo Petro, acharam de bom tom criticas as ações de Teerã, colocando a culpa indiretamente em Israel.
Um clérigo radical, Ebrahim Raisi (na foto, à direita) recebeu em 2021 o decreto do líder supremo Ali Khamenei para ser o novo presidente do Irã. Em um país com eleições de fachada, Raisi venceu as eleições depois que os principais rivais tiveram suas candidaturas rejeitadas.
Sua candidatura e vitória ocorreu em um momento de protestos da população iraniana que vinham desde o final de 2019 contra a Revolução Islâmica, pedindo a morte do aiatolá. Em geral, as manifestações começam pela falta de água e luz, mas logo ganham um tom político e se voltam contra a teocracia.
Com a morte de Raisi, o tabuleiro do xadrez iraniano é chacoalhado novamente. O linha-dura estava sendo preparado para suceder Khamenei. Estes planos, explica Duda Teixeira na Crusoé, agora estão sepultados.
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