Crusoé: Líderes europeus divergem sobre “força de garantia” na Ucrânia
"Não foi unânime hoje, como todos sabemos, e não precisamos de unanimidade", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, após encontro em Paris

Os líderes europeus se reuniram nesta quinta-feira, 27, em Paris, na França, para o quarto encontro da “coalizão dos dispostos” a fim de reafirmar seu apoio a longo prazo à Ucrânia.
O nome dado ao grupo faz uma contraposição a tudo o que Donald Trump e os Estados Unidos têm feito por Vladimir Putin e pela Rússia.
Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, os europeus deram “outra demonstra demonstração de unidade”, fazendo das Forças Armadas ucranianas “a melhor garantia de segurança para defender seu país”.
“Para alcançar a paz, a Ucrânia deve ser forte, a Europa deve ser forte”, acrescentou.
Na cúpula, os líderes discutiram, entre outros pontos, a criação de uma “força de garantia”, que seria mobilizada no caso de um acordo de paz para impedir futuras agressões russas.
Contudo, os representantes europeus fizeram pouco progresso.
“Não foi unânime hoje, como todos sabemos, e não precisamos de unanimidade”, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, em entrevista coletiva.
Sem dar mais detalhes, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que os líderes concordaram com a necessidade de mais apoio a Kiev e garantir que a Ucrânia chegue em uma posição mais forte em qualquer processo de paz.
Starmer também afirmou que gostaria de ver um acordo de paz se desenvolvendo “em dias e semanas, não em meses”.
Putin quer a guerra
No X, ao comentar o encontro, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a dizer que a posição da Rússia é “continuar a guerra”.
“Durante a reunião de líderes na França sobre apoio à Ucrânia, enfatizei que a guerra ainda está em andamento — e só está acontecendo por causa da Rússia, cuja posição é simples: continuar a guerra, continuar atacando e atrasar a diplomacia.
Agora mesmo, há propostas dos EUA na mesa — incluindo uma para um cessar-fogo total e incondicional. Nós concordamos com isso. Mas, claro, a Rússia rejeitou e jogou um monte de condições sem sentido que ninguém pediu.
O mesmo vale para a ideia de um cessar-fogo no Mar Negro. A Rússia está tentando impor suas próprias condições aos nossos parceiros, mas essas condições são irrealistas. Levantar sanções à Rússia agora seria um desastre para a diplomacia...
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