Crusoé: Invasão do Capitólio marca retórica final de Kamala contra Trump
Harris fará o discurso no Ellipse de Washington, o local do discurso de Trump no qual ele insuflou seus apoiadores que invadiram o Capitólio
Em seu último grande discurso de campanha na terça-feira, 29 de outubro, Kamala Harris evocará a invasão de 6 de janeiro no Capitólio.
Harris fará o discurso no Ellipse de Washington, o local do discurso de Trump no qual ele pediu a seus apoiadores que “lutassem como o diabo” pouco antes de eles invadirem os prédios do Capitólio para impedir que Joe Biden fosse declarado presidente.
A campanha da vice-presidente disse que o local foi escolhido para destacar o contraste entre sua mensagem e a de seu oponente republicano, que ela critica repetidamente por estar focado em si mesmo e em seu desejo de vingança.
Nos últimos dias, Harris cruzou o país para uma série de aparições de campanha com Liz Cheney, a ex-congressista republicana conservadora que rompeu com Trump e seu partido por causa do ataque ao Capitólio em 2021 e em setembro disse que votaria em Harris devido ao “perigo que Donald Trump representa”.
Com a proximidade do dia da eleição, Kamala Harris tem se afastado de questões como a economia e, em vez disso, vem reforçando seu argumento de que Trump representa uma grave ameaça à democracia americana.
Na semana passada, ela atacou o ex-presidente por ser “cada vez mais desequilibrado e instável” depois que John Kelly, ex-chefe de gabinete de Trump, disse ao The New York Times que Trump era um “autoritário” que admirava Adolf Hitler e se encaixava na “definição geral de fascista”.
O discurso, do lado de fora da Casa Branca, marcará o “argumento final” de Harris a apenas uma semana de uma corrida eleitoral extremamente acirrada. Harris e Trump estão empatados nos sete estados indecisos que provavelmente determinarão quem vencerá.
Harris também ampliou sua mensagem sobre direitos reprodutivos e acesso ao aborto nos últimos dias de sua campanha, dizendo aos eleitores que Trump poderia impor uma proibição nacional ao aborto se tivesse mais quatro anos na Casa Branca.
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