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Crusoé: Identitarismo pode ajudar Kamala Harris?

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2 minutos de leitura 22.07.2024 11:42 comentários
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Crusoé: Identitarismo pode ajudar Kamala Harris?

Entre os democratas, ela é incensada como aquela que pode ser a "primeira mulher", a primeira "African American" e a primeira "Asian American" presidente dos EUA

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Reprodução

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris (foto), recebeu o endosso do presidente Joe Biden para ser a candidata do Partido Democrata nas eleições presidenciais de novembro. O apoio é um empurrão importante para que ela venha a ser, de fato, a escolhida.

Entre os democratas, Kamala é incensada como aquela que pode ser a “primeira mulher“, a primeira “African American” e a primeira “Asian American” presidente dos Estados Unidos.

São conceitos difíceis de serem traduzidos para o português (“mulher negra asiática-americana“?), e que reverberam bem entre muitos americanos.

Com sua provável nomeação, a questão que se coloca agora é: tais atributos poderiam ajudá-la nas urnas?

Mulher

Em mais de duzentos anos de democracia, os Estados Unidos tiveram 46 presidentes. Todos foram homens.

A primeira vez que uma mulher foi escolhida como candidata por um dos principais partidos foi em 2016, quando os democratas se uniram em torno de Hillary Clinton. Ela acabou perdendo para o republicano Donald Trump.

Pesquisas de opinião não são conclusivas ao tentar saber se os americanos estariam prontos para votar ou não em uma mulher. Isso porque, normalmente, pessoas machistas escondem esse traço quando são interrogadas pelos entrevistadores.

Uma pesquisa do instituto Gallup, de 2019, revelou que 94% dos americanos dizem que votariam em uma mulher. Em 2015, o índice era de 92%.

Mas o cenário muda quando os entrevistados são perguntados sobre o voto dos seus vizinhos.

Um estudo da Ipsos, de 2019, descobriu que 74% dos americanos diziam que estariam “confortáveis” em ter uma mulher presidente, mas 33% achavam que seus vizinhos não aceitariam isso. 

O machismo, portanto, existe, mas é difícil de ser mensurado.

A boa notícia para Kamala é que as mulheres constituem o maior grupo de eleitores e comparecem mais às urnas que o americano médio.

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